Governo estuda reabertura de espaços comerciais a partir do próximo dia 4

Governo estuda reabertura de espaços comerciais a partir do próximo dia 4


“É importante reabrir a atividade económica”, afirma o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes


O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, esteve, esta sexta-feira, reunido com António Costa e afirma que está previsto "e a ser estudado que alguns estabelecimentos possam abrir a partir do dia 4 de maio", no entanto a decisão oficial só irá ser tomada no dia 30 de abril, no Conselho de Ministros.

"É importante reabrir a atividade económica", afirma, sublinhando que o regresso à normalidade não vai ser imediato e que a reabertura dos estabelecimentos comerciais vai ser faseada. A pensar na retoma da atividade, João Vieira Lopes refere que vários "setores têm desenvolvido documentos de autoregulação", no sentido de garantir a segurança e a higiene a colaboradores e clientes.

O presidente da CCP dá o exemplo "dos setores dos cabeleireiros, automóvel e comércio de proximidade" que já fizeram chegar ao Governo regras que consideram, nesta fase, indispensáveis para o gradual regresso à normalidade. Embora sublinhe o esforço de autoregulação feito por vários setores, Vieira Lopes continua a destacar a importância dos reguladores e da ASAE para que todas as recomendações das autoridades de saúde e Governo sejam cumpridas nesta fase inicial.

O Secretário de Estado do Comércio, João Torres, salienta que o Governo não irá tomar medidas precipitadas no que toca à reabertura de espaços.

CCP pede reavaliação dos layoff "chumbados". Neste encontro com o primeiro-ministro António Costa, a CCP pediu ainda ao Governo que seja célere na reavaliação de milhares de pedidos de layoff devolvidos às empresas por alegadas falhas no preenchimento dos formulários. Joãeo Vieira Lopes considera que esses erros devem-se a "alterações sucessivas" no diploma definido pelo Governo para combater o desemprego.

O presidente da CCP recorda que houve empresas que tiveram atividade durante a primeira metade de março, mas o apoio torna-se agora imprescíndivel no final do mês de abril "para pagamento dos salários".