Banco Alimentar recebe mais de 10 mil pedidos de ajuda em 3 semanas

Banco Alimentar recebe mais de 10 mil pedidos de ajuda em 3 semanas


O Banco Alimentar contra a fome registou um pico nos pedidos de ajuda por parte da população carenciada nesta fase de pandemia.


Segundo Isabel Jonet, atual Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, o Banco Alimentar, desde a noite de quarta-feira, dia 23 de abril, recebeu 10.668 pedidos de ajuda.

Estes pedidos de ajuda, representam as necessidades dos respetivos agregados familiares, por isso, a presidente da instituição estima que se trate de cerca de 50 mil pessoas de todos os estratos sociais representados nestes apelos.

“Temos [pedidos de ajuda] desde jogadores de futebol de ligas semiprofissionais e amadoras que ficaram sem rendimentos, até pessoas que trabalham em circos ambulatórios, pessoas que trabalham nas feiras, condutores de tuk-tuk, profissões ligadas ao turismo, as pessoas que trabalhavam em restaurantes, empregadas domésticas, cabeleireiras, manicures, há uma panóplia tal de profissões que foram atingidas que temos dificuldade em caraterizar”, disse Isabel Jonet em entrevista à Sic Notícias.

Numa notícia divulgada no JN, o jornal falava sobre como o Banco Alimentar tinha stock até ao final de maio, contudo, face ao aumento do número de pedidos e de terem sido obrigados a cancelar as campanhas de recolha de alimentos em maio esta instituição teme que o seu stock de produtos possa chegar ao fim. "É um grande constrangimento, uma vez que estas campanhas de recolha representam a grande maioria do abastecimento para os seis meses seguintes", disse Isabel Jonet ao JN.

Para responder a este problema, a instituição criou a Rede de Emergência Alimentar e um canal de doações online, onde, além de alimentos também pode ser doado dinheiro.