Morreu Lee Konitz,  o último sobrevivente de Birth Of Cool

Morreu Lee Konitz, o último sobrevivente de Birth Of Cool


O saxofonista foi essencial para definir o som do cool jazz que marcou as décadas de 1950 e 1960. Faleceu de covid-19.


O músico morreu na quarta-feira, aos 92 anos, em Nova Iorque, vítima de pneumonia provocada pela doença covid-19. 

Nascido em Chicago em 1927, Lee Konitz começou a carreira na década de 1940, privando com Charlie Parker, Lennie Tristano e Stan Kenton.

Mestre na improvisação, é descrito pelos media como um dos responsáveis pelo cool jazz, sonoridade que marcou as décadas de 1950 e 1960.

Era o último sobrevivente entre os músicos que gravaram Birth of the Cool (1957), de Miles Davis. Tocou ainda com Charles Mingus, Ornette Coleman, Dizzie Gillespie, Charlie Haden ou Brad Mehldau e, por diversas ocasiões, atuou em Portugal e colaborou com a Orquestra Jazz de Matosinhos.

Nos mais de 70 anos de carreira, Lee Konitz tocou com todo o tipo de formações, mas nunca fez fortuna, “não tinha agente, nem conta de email, mas fez do jazz um modo de vida e nunca pôs isso em risco”, lê-se no obituário da rádio norte-americana NPR.

Lee Konitz esteve várias vezes em Portugal, nomeadamente nos festivais Cascais Jazz e Guimarães Jazz. Em 2011, no dia em que completou 84 anos, atuou na Casa da Música, no Porto, com a Orquestra Jazz de Matosinhos.
Fruto dessa colaboração de vários anos com a orquestra portuguesa, em 2007 lançou o álbum Portology, com Ohad Talmor, e no qual participaram ainda o guitarrista André Fernandes e o baterista Mário Barreiros.