EDP vai distribuir 694,7 milhões de euros pelos acionistas

EDP vai distribuir 694,7 milhões de euros pelos acionistas


António Mexia admitiu que pela atividade em Portugal, “os dividendos de 2019 seriam zero” e, tudo indica que, prática é para se manter. 


A Assembleia Geral (AG) anual da EDP aprovou a proposta da administração de distribuir um dividendo de 19 cêntimos brutos por ação, face à operação de 2019, o que representa uma quantia total de 694,7 milhões de euros a ser paga aos acionistas, ou seja, acima dos 512 milhões de euros. A empresa liderada por António Mexia revelou ainda que vai começar a distribuir os dividendos a partir de 14 de maio. 

“A política de dividendos é da exclusiva responsabilidade dos acionistas. Já estava delineada no plano estratégico, que está a ser cumprido de forma rigorosa, e faz sentido manter”, afirmou o CEO da elétrica portuguesa, na conferência de imprensa, acrescentando que “pela atividade em Portugal, os dividendos de 2019 seriam zero”.

António Mexia garantiu, no entanto, que as recomendações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) foram tidas em conta no que diz respeito à sustentabilidade de longo prazo. Uma garantia que foi dada por Luís Amado, presidente do Conselho Geral e Supervisão, ao defender que seria “totalmente incompreensível” que uma empresa “cotada em bolsa e que tivesse balanço e uma situação robusta face às circunstâncias para manter os dividendos não os pagasse, “isso seria incompreensível do nosso ponto de vista”.

Para o ano, a ideia é manter a mesma prática. “Para o ano que vem, a ideia é manter a estabilidade da política. Claro que será avaliado, mas tendo em conta o que sabemos neste momento e o que são as previsões para 2021, prevemos estabilidade”, acrescenta.

Já em relação aos prémios de gestão, que segundo a proposta que foi aprovada por mais de 90% dos votos, António Mexia realçou também que são atribuídos em função plurianais até 2022.

Também o plano de investimentos é para se manter, nomeadamente no mercado nacional, assim como os programas de contratações previstos. 

Quanto ao impacto da pandemia, o CEO da elétrica garante que ainda é cedo para fazer contas, mas admite que tudo irá depender do tempo que irá demorar. No entanto, lembra que a empresa levou a cabo uma gestão prudente, o que possibilita ter liquidez.