14 de abril de 1958. E a malta de Sarilhos Pequenos meteu-se em sarilhos grandes

14 de abril de 1958. E a malta de Sarilhos Pequenos meteu-se em sarilhos grandes


Vinte e sete casamentos em simultâneo??? Dificilmente a coisa correria sem problemas numa terra tão pequena. De repente alguém grita: “O ministro!” O aparecimento de Veiga de Macedo parecia um milagre.


“Olhem, é o ministro!”, exclamou alguém, com espanto e reverência. E era mesmo. Depois, a malta começou a sussurrar a palavra como um eco: “… O ministro!… Viram? Viram? O ministro…”

O ministro estava às aranhas com a ventania, procurando manter-se dignamente penteado. Na Praça 5 de Outubro, em Sarilhos Pequenos, na zona da Moita, os cavalheiros vestiam fatos negros e solenes. Guardas republicanos, montados em elegantes bestas, faziam a separação natural entre os mais importantes e os que não tinham importância nenhuma. Nuvens de poeira provocavam espirros até nos cavalos. Entre a Rua João de Deus, onde reluzia a sede do 1.o de Maio Futebol Clube Sarilhense, e a Cantina António de Oliveira Salazar juntavam-se magotes de gente nervosa.

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