PCP reclama medidas para minimizar impactos de lixos transfronteiriços

PCP reclama medidas para minimizar impactos de lixos transfronteiriços


A realidade da exportação e importação de resíduos na União Europeia “tem vindo a criar problemas cuja expressão se tende a agravar”, alertou o deputado reclamando medidas adicionais face às já previstas “para combater os efeitos perniciosos dos atuais movimentos transfronteiriços de resíduos”


O deputado comunista no Parlamento Europeu questionou por escrito à Comissão Europeia sobre que medidas estão previstas para combater os efeitos perniciosos dos actuais movimentos transfronteiriços de resíduos e a consequente criação de "países importadores de lixo", como é o caso de Portugal, designadamente com o aterro de Sobrado, em Valongo, onde o aterro recebe mais de 400 tipos de resíduos, incluindo amianto, apesar dos sucessivos protestos da população.

A realidade da exportação e importação de resíduos na União Europeia "tem vindo a criar problemas cuja expressão se tende a agravar", alertou o deputado reclamando medidas adicionais face às já previstas "para combater os efeitos perniciosos dos atuais movimentos transfronteiriços de resíduos".

Com base em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o eurodeputado diz que Portugal importou em 2018 resíduos de países como o Reino Unido, a Espanha, a Itália, a Alemanha, a França, a Holanda, a Irlanda, Malta ou a Suécia.

No total "foram importados 2,2 milhões de toneladas de lixo, mais 53% do que em 2017, incluindo 331 mil toneladas de resíduos perigosos". De acordo com João Ferreira, cerca de um terço terão "ido parar a aterros".

As populações que mais diretamente sofrem o impacto dos aterros têm vindo a realizar protestos e ações de luta diversas, refere na pergunta em que exemplifica com os casos de Sobrado, em Valongo, "onde o aterro recebe mais de 400 tipos de resíduos, incluindo amianto", e da Azambuja e da Ota, cujos aterros "receberão cerca de 79 mil toneladas de lixo importado até 2021".