Hitler VS Picasso: A Obsessão Nazi Pela Arte, de Claudio Poli, Tintoretto – Um Rebelde em Veneza, documentário de Giuseppe Domingo Romano que assinala os 500 anos do nascimento do pintor renascentista, Michelangelo Infinito, de Emanuele Imbucci, Beautiful Things, de Giorgio Ferrero e Federico Biasin, e Palombella rossa, filme de 1989 de Nanni Moretti. A promessa é de que para “breve” está o anúncio das novas datas em que decorrerá, nos moldes em que deveria arrancar quarta-feira no Cinema São Jorge, em Lisboa, a 13.ª edição da Festa do Cinema Italiano, que depois se estenderia, como é habitual, ao resto do país. Mas em tempo de incertezas de uma dimensão que este tempo não havia ainda vivido, entre a pandemia que nos obriga, por todo o mundo, a recolhermo-nos às nossas casas, a Festa do Cinema Italiano faz-se. E faz-se, para já, com estes filmes a serem transmitidos nos Canais TVCine, já nesta quarta-feira.
Os filmes são exibidos em exclusivo no TVCine Edition, no Especial Cultura Italiana com que a Festa do Cinema Italiano traz uma amostra do que se vem produzindo nos últimos anos no cinema italiano a nossas casas. A transmissão de Hitler VS Picasso: A Obsessão Nazi Pela Arte tem início às 15h25. É o primeiro da série de cinco filmes italianos que se prolonga até ao fim do dia e encerra com Palombella rossa, com início às 22h.
Mas não apenas de um dia de cinema italiano na TV se fará a festa – a festa possível por estes dias. Também ao Filmin, a plataforma de streaming de cinema independente que nas últimas semanas em parcerias com várias distribuidoras tem sido reforçada com um conjunto de estreias de filmes de produção nacional (e não só – foi lançada entretanto a coleção Dentro de Casa), chegará a Festa do Cinema Italiano enquanto aguarda por luz verde para uma 13.ª edição nas salas, com público e realizadores.
A partir de sexta-feira, a plataforma de streaming acolherá também uma programação especial dedicada a Itália, o país europeu mais fustigado pela pandemia do novo coronavírus. No total, serão 114 os filmes italianos disponíveis por subscrição (6,95 euros por mês). Nas palavras da direção da Festa do Cinema Italiano, “uma oportunidade para mostrar algumas das mais importantes obras do recente cinema italiano, incluindo algumas estreias online”. Por exemplo, o aclamado Dogman, de Matteo Garrone, o mais recente filme de Paolo Virzì, Noites Mágicas, ou ainda Lucia Cheia de Graça, de Gianni Zanasi. Mas não só: também uma seleção de filmes de Abel Ferrara: Pasolini (2014) ou Tommaso, o seu filme autobiográfico protagonizado por Willem Dafoe (como em Pasolini, de resto, em que interpretava o próprio), recentemente estreado.
A juntar a estes, e ainda no Filmin, uma seleção de filmes premiados em edições anteriores da Festa do Cinema Italiano, como Almas Negras, de Francesco Munzi, O Meu Nome é Jeeg Robot, de Gabriele Mainetti, Le Cose Belle, de Giovanni Piperno e Agostino Ferreante, A Máfia Só Mata no Verão, de Pif, e um conjunto de títulos dos renomados Alice Rohrwacher, Paolo Sorrentino, Bernardo Bertolucci e Giuseppe Tornatore. Mais a estreia do inédito Selfie, o premiadíssimo documentário de Agostino Ferrante do ano passado, A Febre Ferrante, de Giacomo Durzi. E, para terminar, um grande punhado de clássicos. Fellini, Rossellini, Visconti, Scola, todos eles hão de se juntar à festa. Em casa, mas ainda assim uma festa.