O ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, anunciou esta segunda-feira que o Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2020. O anúncio foi feito após uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, pedida pelo Chefe de Estado. Mário Centeno diz que se trata de um ano de “enorme desafio” por causa da pandemia de Covid-19.
“Assumi um cargo em que estou totalmente focado”, assegurou Mário Centeno
O Presidente da República também emitiu uma nota oficial, enquanto o ministro das Finanças falava aos jornalistas. Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o documento, tendo consciência que a sua aplicação “vai ter de se ajustar ao novo contexto vivido”. Orçamento entra em vigor a 1 de abril.
Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu também a Mário Centeno “a sua manifestação de total enfoque no enfrentar” da situação provocada pela pandemia de Covid-19.
Esta frase na nota oficial de Belém, surge na sequência dos rumores de que Mário Centeno poderia sair do governo em junho, estando a preparar a sua ida para o Banco Portugal. Ora, o ministro das Finanças acabou por responder, perante a insistência dos jornalistas, que " todos devemos gastar as energias apenas focados na resposta à crise e não a alimentar folhetins que só interessam aos que os desenham".
O ministro das finanças acabou por admitir que pode haver um orçamento retificativo. Mas há margem, para já, no documento para avançar com as necessárias adaptações. Ou seja, colocou tal cenário como uma possibilidade, mas não uma certeza. Contudo, havendo necessidade de adaptações ou de um retificativo, Mário Centeno garantiu: "Não hesitaremos, nem um minuto em fazê-lo".
Na sua declaração a partir do Palácio de Belém, Centeno também acabou por falar como presidente do eurogrupo, prometendo que tudo será feito ao nível europeu para enfrentar a crise: "A resposta europeia não vai ter limites e vai ser muito solidária. É a minha determinação enquanto governante em Portugal e presidente do Eurogrupo", assegurou Mário Centeno.
As autoridades esperam que o pico da pandemia se situe entre 9 e 14 de abril. Se este cenário se confirmar, o Governo espera que a normalidade possa regressar a partir de julho.
(Notícia atualidada às 14h00]