A Organização Mundial da Alergia explicou esta quinta-feira que os medicamentos para as alergias ou para a asma não agravam a infeção por covid-19. Quem toma anti-histamínicos deve continuar com a mesma medicação e não interromper o tratamento. "Quando se ouve cuidado não se pode fazer anti-histamínicos, anti-inflamatórios, as pessoas tendem a parar as medicações, tendem a duvidar, e daí o reforço que nós fazemos para que contactem os profissionais de saúde", referiu à Lusa Mário Morais de Almeida, secretário-geral da Organização Mundial da Alergia.
Sobretudo nesta altura, a medicação deve ser "uma coisa quase obsessiva", disse Mário Morais de Almeida, acrescentando que "Tem que ser uma obrigação começar a controlar a rinite, controlar a asma, porque senão a evolução vai ser mais desfavorável". Ou seja: "Se um alérgico está mais suscetível, então, o efeito de uma infeção viral ainda vai ser pior porque associam-se dois agentes de agressão".
A época das alergias está a chegar e, as pessoas que tomam anti-histamínicos, devem conhecer os sintomas das alergias, que são diferentes dos sintomas do novo coronavírus. "A pessoa perde um bocadinho a própria noção de se lembrar o que tem acontecido nos últimos tempos e fica só focada na possibilidade de estar como uma infeção, mas a mensagem é mesmo recordar o que tem acontecido nos últimos anos e fazer a medicação e cumprir os programas terapêuticos", explicou Mário Morais de Almeida.