Turismo. TAP cancela 3500 voos e Algarve com 60% de reservas canceladas

Turismo. TAP cancela 3500 voos e Algarve com 60% de reservas canceladas


Companhia aérea anunciou o cancelamento de 2500 voos, a que se juntam aos outro mil já anunciados.


A TAP decidiu suprimir mais 2500 voos devido ao impacto do surto de coronavírus. Estes cancelamentos juntam-se aos mil voos que já tinham sido anunciados na semana passada, equivalentes a 7% dos voos programados em março, 11% em abril e 19% por cento em maio. “Estas medidas justificam-se pela quebra nas reservas de viagens para os próximos meses que se tem verificado nos últimos dias, revelou a companhia aérea.

Os cancelamentos agora anunciados incidem especialmente em operação para cidades nas regiões mais afetadas, sobretudo Itália, mas contemplam também a redução de oferta em outros mercados europeus que mostram maiores quebras da procura, como Espanha ou França, e incluem ainda alguns voos intercontinentais, dado o modelo de operação da TAP, como companhia de longo curso e conexão.

A companhia de aviação revela que a “prioridade é a eclosão do surto de coronavírus, a proteção da saúde dos seus trabalhadores e passageiros” e, como tal, garante que “ativou desde o inicio do surto o seu plano de contingência, que contempla todas as recomendações e procedimentos ditados pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais”.

A TAP diz ainda que vai contactar todos os passageiros afetados por estes cancelamentos e em conjunto com eles encontrará as melhores opções e alternativas para a realização das suas viagens.

Algarve em baixo Também o impacto do Covid-19 já se fez sentir nas unidades hoteleiras algarvias após o cancelamento de reservas em 60% dos hotéis  para os próximos dois a três meses. “Neste momento, o que  já podemos afirmar é que cerca de 60% dos hotéis tiveram cancelamentos diretos para os próximos dois a três meses e que 40% desses cancelamentos pediram reembolsos de dinheiro dos pagamentos já efetuados”, revelou o presidente da AHETA. 

Elidérico Viegas garantiu também que estes valores estão a ser alvo de “levantamento em regime de permanência junto dos hotéis” e admitiu que podem comprometer a atividade para a Páscoa e para a próxima época alta.

Segundo o responsável, “ainda não houve nenhum caso” de contágio nos hotéis algarvios, no entanto, alertou que é necessário que as autoridades de saúde dotem os hotéis e empreendimentos de manuais com os procedimentos que devem adotar caso surja algum caso dentro das unidades de alojamento. “O único problema que temos aqui é que as entidades oficiais e responsáveis desta área da saúde continuam sem dotar os hotéis e os alojamentos de manuais de procedimentos para saber como agir em casos suspeitos de infetados”, criticou.

AL também afetado O cenário de cancelamento de reservas também se assiste no alojamento local. A garantia foi dada pelo presidente da ALEP, Eduardo Miranda ao afirmar que “quase todos os proprietários, reportaram cancelamentos de reservas, especialmente no início de março e abril”. Estes cancelamentos começaram a ser registados “nos primeiros dias de março”. No entender do responsável, para mitigar esta situação os proprietários deveriam negociar com os hóspedes que, em vez de cancelar deveriam adiar.