Costa não quererá José Sócrates no Tribunal Constitucional?


António Costa gosta de brincar com o fogo e, como não dá ponto sem nó, um dos nomes avançado pelo Partido Socialista para o Tribunal Constitucional, Vitalino Canas, deve trazer água no bico. 


O primeiro-ministro sabia perfeitamente que iria criar uma onda de protesto ao avançar com o nome de um homem altamente conotado com José Sócrates – foi porta-voz nacional do PS nesse tempo, além de estar muito ligado ao mundo dos negócios, como salientaram Ana Gomes, Manuel Alegre ou Henrique Neto. 

Mas este descaramento de António Costa é muito mais grave porque o cargo para que Vitalino Canas é proposto requer distância em relação aos negócios e à política menos transparente. Como era previsível, se no PS há quem seja contra a sua nomeação, seria natural que Rui Rio também não concordasse com esse nome proposto. Será que Costa acreditava que Rui Rio, só para contrariar o que é dito, acabaria por aprovar Vitalino? Como é público, esse nome deverá ser chumbado na Assembleia da República, mas nunca se sabe o que vai na cabeça do antigo presidente da Câmara do Porto.

Atendendo a que um dos nomes que agora deixam o Tribunal Constitucional tinha sido sugerido pelo Bloco de Esquerda, também era previsível que o Bloco se mostrasse contrário à sua nomeação. O que fará então o primeiro-ministro para dar a volta ao texto? E essa é outra das incógnitas que fazem de Costa o verdadeiro jogador. No final desta trapalhada sairá, uma vez mais, por cima, dando a entender que os outros partidos perceberam mal as suas intenções. Dará alguma coisa para a troca e todos ficarão contentes.

Tenho é dúvidas que este país ganhe alguma coisa com isso. Quando a nomeação de alguém para um cargo tão importante não obedece ao seu perfil, mas a mais uma jogada política, percebemos que não vamos no bom caminho. Mas depois das trapalhadas com o Tribunal da Relação de Lisboa começa a ser difícil acreditar no que quer que seja…


Costa não quererá José Sócrates no Tribunal Constitucional?


António Costa gosta de brincar com o fogo e, como não dá ponto sem nó, um dos nomes avançado pelo Partido Socialista para o Tribunal Constitucional, Vitalino Canas, deve trazer água no bico. 


O primeiro-ministro sabia perfeitamente que iria criar uma onda de protesto ao avançar com o nome de um homem altamente conotado com José Sócrates – foi porta-voz nacional do PS nesse tempo, além de estar muito ligado ao mundo dos negócios, como salientaram Ana Gomes, Manuel Alegre ou Henrique Neto. 

Mas este descaramento de António Costa é muito mais grave porque o cargo para que Vitalino Canas é proposto requer distância em relação aos negócios e à política menos transparente. Como era previsível, se no PS há quem seja contra a sua nomeação, seria natural que Rui Rio também não concordasse com esse nome proposto. Será que Costa acreditava que Rui Rio, só para contrariar o que é dito, acabaria por aprovar Vitalino? Como é público, esse nome deverá ser chumbado na Assembleia da República, mas nunca se sabe o que vai na cabeça do antigo presidente da Câmara do Porto.

Atendendo a que um dos nomes que agora deixam o Tribunal Constitucional tinha sido sugerido pelo Bloco de Esquerda, também era previsível que o Bloco se mostrasse contrário à sua nomeação. O que fará então o primeiro-ministro para dar a volta ao texto? E essa é outra das incógnitas que fazem de Costa o verdadeiro jogador. No final desta trapalhada sairá, uma vez mais, por cima, dando a entender que os outros partidos perceberam mal as suas intenções. Dará alguma coisa para a troca e todos ficarão contentes.

Tenho é dúvidas que este país ganhe alguma coisa com isso. Quando a nomeação de alguém para um cargo tão importante não obedece ao seu perfil, mas a mais uma jogada política, percebemos que não vamos no bom caminho. Mas depois das trapalhadas com o Tribunal da Relação de Lisboa começa a ser difícil acreditar no que quer que seja…