Como cidadão português que conheceu “in loco” várias ex-colónias portuguesas, desde S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau e, em 1961, 62 e 63, Angola e Moçambique, costa a costa, na Marinha, e com uma Formação Académica, também em Ciências Sociais e Política Ultramarina, do “I.S.C.S.P”, do Prof. Adriano Moreira, o homem que na qualidade de Ministro do Ultramar, chamado ao gabinete de Salazar, enquanto Presidente do Conselho de Ministros, em 1961, lhe foi dito: “Senhor Ministro, temos que mudar de política”, ao que este lhe retorquiu: “perdão, o que V. Exa. tem é que mudar de Ministro”.
Chama-se a isto integridade de carácter, como dizia Fidelino de Figueiredo. Foi ele ainda que fez com que todos os seus ex-alunos o tenham como uma referência exemplar, no campo académico, e não só, tendo sido ele o autor da máxima da nossa Faculdade, da U.T.L., da Junqueira, “Destruído por aqueles que descuidadamente ajudou, e amado pelos outros que ali aprenderam a olhar em Frente e Para o Alto”.
Depois de ter ouvido várias vezes, na TV, uma “criação”, do fundador do “Livre”, que custa a acreditar como foi possível, na medida em que num Parlamento Político, as únicas armas a esgrimir são a oratória, com cultura e conhecimento, para usar nos debates contra os adversários políticos, que não inimigos, uma gaguez aniquila, por completo, a arma número um a utilizar, ou seja, a oratória!. Por outro lado impressiona a Arrogância, o Racismo, o Exotismo, a Extravagância e a Falta de Cultura sobre o nosso passado Ultramarino, que levaram a tal “senhora” a ultrajar o nosso Parlamento, desde o assessor de saias que publicamente demonstrou identificar-se mais com outro género, que não o seu, como se isso tivesse qualquer interesse e, ainda o Povo Português quando propõe a devolução de tudo o que foi “ROUBADO” aos povos das ex-Colónias, ou seja, do Ultramar Português, sem ser capaz de destrinçar o Legítimo do Ilegítimo. Fê-lo como portuguesa que é (?) ou diz ser, e tal pode ser conotado como um crime contra o Património Cultural Português, e até traição à Pátria, o que lhe pode custar a perda da nacionalidade, por ter feito proposta INDECOROSA, no Parlamento, contra a Pátria e ofensa grave a todos os cidadãos que por Ela lutaram, e alguns morreram, no Ultramar, apelidando-os, indirectamente, de “LADRÕES”.
Pensamos que devia ser o “Livre” a condenar aquelas afirmações blasfemas e depois o próprio Parlamento que não assimilou a ofensa grave a todo o Povo Português, com Famílias e vidas destruídas no Ultramar, não para o saquear, mas para o ajudar a desenvolver-se e a socializar-se, como veio a acontecer.
Lamentamos que certos Deputados tenham má memória, ou talvez falta de informação, mas há pessoas que não podem arvorar-se, hoje, em moralistas, quando num passado, não muito remoto, estavam do lado de lá desta “Barreira”!
É por estas e outras que o nosso futuro político é muito incerto ou mesmo imprevisível…
Sociólogo
Escreve quinzenalmente