Um avião da Air Canada aterrou de emergência, esta segunda-feira, no aeroporto Madrid-Barajas depois se sobrevoar a capital espanhola durante cerca de cinco horas. Segundo a publicação espanhola El País, o voo, que tinha como destino Toronto, tinha 128 passageiros a bordo. Na sequência de "problemas técnicos", o avião terá pedido, meia hora depois de ter descolado, para voltar a aterrar no aeroporto de onde partiu com destino a Toronto, Canadá. Segundo o sindicato dos pilotos espanhóis, o motor terá absorvido peças do trem de aterragem durante a descolagem.
Uma fotografia tirada do interior da aeronave da Air Canda captou o avião da Força Aérea que acompanhou a viagem, de forma a avaliar os danos antes de a aeronave iniciar a aterragem.
O aparelho da companhia aérea Air Canada descolou às 14h30, menos uma hora em Lisboa.
"Estamos, neste momento, a regressar a Madrid porque, como sabem, tivemos um pequeno problema com uma das rodas do avião durante a descolagem. Por isso, como estamos muito pesados em termos de combustível temos de nos desfazer de um pouco de combustível antes de podermos aterrar. Quando estivermos prontos para a aterragem avisaremos. Obrigado pela vossa compreensão e paciência, e pedimo-vos muita calma e muita paciência".
Apesar do problema no motor, que terá absorvido peças do trem de aterragem durante a descolagem, incluindo, a roda esquerda, o piloto garantiu que era possível aterrar em segurança. “Perdemos apenas uma [roda], pelo que não haverá problema em aterrar”, afirmou, enquanto avisava os passageiros de que o voo até Toronto, no Canadá, não se iria realizar, sem antes a aeronave voltar a aterrar em solo espanhol.
Ouvido pela rádio Cadena SER, o piloto Javier Moya, instrutor da empresa Aviation Group, explicou que os Boeing 767 – modelo do avião que transporta os 128 passageiros – estão preparadas para aterrar apenas com um motor a funcionar e, como têm oito rodas no trem de aterragem, em teoria, irão conseguir aterrar em segurança com apenas 7 – número de rodas que o avião da Air Canada tem, de momento.
Javier Moya explicou que, semelhante ao que acontece com um carro que tem um pneu com menos ar, a aeronave “terá tendência a desviar-se para um lado, mas ao sabê-lo [o piloto] pode compensar, para que o avião não se desvie na pista de aterragem”.
Quanto à duração da viagem, o piloto explica também que não há motivos para alarme. “Só não aterra antes, porque tem se desfazer do combustível que leva. Senão é demasiado pesado”, afirmou, na rádio espanhola, reforçando que esta é uma situação para a qual os pilotos estão treinados.
Recorde-se que o mesmo aeroporto esteve encerrado, esta segunda-feira, devido à presença de drones no espaço aéreo, que poderiam causar acidentes.