Hackers do Barreiro adulteraram resultados eleitorais na Guiné Bissau

Hackers do Barreiro adulteraram resultados eleitorais na Guiné Bissau


Os hakers portugueses terão entrado no sistema da CNE, deixaram um vírus no sistema e levaram a que Sissoco Embaló ganhasse a segunda e derradeira volta eleitoral com 53,55% dos votos. 


As eleições presidenciais da Guiné-Bissau, que foram realizadas no passado dia 29 de dezembro, foram sabotadas por um grupo de piratas informáticos do Barreiro, em Setúbal. A informação foi hoje avançada pela revista Sábado.

O grupo de piratas informáticos foi contratado  para entrar no computador da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e falsear assim os resultados finais das eleições presidenciais deste país africano, atribuindo a vitória a Umaro Sissoco Embaló, candidato do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (MADEM-G15), ao invés de Domingos Simões Pereira, candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Os hakers portugueses terão assim entrado no sistema da CNE, deixaram um vírus no sistema e levaram a que Sissoco Embaló ganhasse a segunda e derradeira volta eleitoral com 53,55% dos votos. Na altura, os resultados suscitaram grande controvérsia, devido a uma série de irregularidades administrativas, como a falta de uma ata de apuramento dos resultados. Estas irregularidades levaram mesmo a que Domingos Simões Pereira, o outro candidato nas eleições, impugnasse o ato eleitoral. O caso levou mesmo a que o Supremo Tribunal mandasse recontar os votos da eleição.

“Se tenho a convicção que o povo guineense nos dá a vitória nestas eleições presidenciais significa que os resultados provisórios agora publicados pela CNE estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações, que consubstancia e une àquilo que consideramos um roubo e não podemos aceitar”, afirmou.

Segundo a mesma fonte, uma guerra em torno do pagamento terá estado na origem da revelação de todo o esquema, que envolve pelo menos três pessoas, de nacionalidades diferentes. O esquema foi negociado e desenvolvido a partir de Portugal.