O número de mortes provocadas pelas chuvas fortes no estado de Minas Gerais, Brasil, aumentou para 50 nesta terça-feira, avançou a Defesa Civil do Estado. A tempestade afetou quase 33 mil pessoas, incluindo desalojados e feridos, segundo o boletim do mesmo órgão. E o pior ainda pode estar para vir.
Mais de 32 mil pessoas ficaram desalojadas devido às inundações e 65 ficaram feridas. Na segunda-feira, um decreto publicado no Diário Oficial estadual refere que 101 cidades estão em estado de emergência, uma medida que já foi reconhecida pelo Governo Federal brasileiro – no fim de semana, quando ainda só se contabilizavam 47 cidades sob decreto estadual, foi solicitado o estado de emergência. Algo que vale por 180 dias, permitindo ações mais céleres para a recuperação dos estragos e o auxílio à população afetada, explica o site G1. Ou seja, todos os órgão estaduais estão autorizados a atuar nos trabalhos sob coordenação da Defesa Civil de Minas Gerais.
O ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Gustavo Canuto, compareceu em Belo Horizonte no último domingo e disse que os atingido pelas chuva devem ter a antecipação da Bolsa Família – um programa de transferência de renda – e prometeu que o Governo irá disponibilizar 90 milhões de reais (quase 20 milhões de euros) aos afetados.
A cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, foi a mais afetada. No fim de semana, a precipitação chegou aos 100mm e o contabilizaram-se 13 mortes só na capital – cinco membros da mesma família morreram após um desabamento de uma casa na noite de sexta-feira. Só na Vila Bernardete, diz o jornal O Tempo, oito casas ficaram soterradas vitimando sete pessoas.
Mas o temporal ainda pode intensificar-se na região metropolitana de Belo Horizonte. Embora as previsão iniciais da Defesa Civil indicassem chuvas com um volume de precipitação entre 80mm e 120mm na tarde desta terça-feira, poderão chegar aos 150mm.
Nesta altura do ano, verão no Brasil, este tipo de temporais são comuns na chamada zona de convergência do Atlântico Sul, explica o site G1. É um fenómeno que se forma com a humidade vinda da Amazónia que, por consequência, provoca chuvas fortes no norte, centro-oeste e no sudeste do Brasil. Este ano, explica o mesmo site, frentes frias no litoral e outros fatores transformaram a precipitação mais forte do que é normal em Minas Gerais e Espírito Santo, outro estado federal brasileiro.