Jair Bolsonaro divulgou, esta sexta-feira, um comunicado, onde confirmava a demissão do secretário ad Cultura do Brasil, depois da polémica que surgiu por Roberto Alvim ter proferido um discurso onde as semelhanças entre as suas palavras e um discurso proferido por Joseph Goebbels não passaram despercebidas.
O Presidente brasileiro classificou o incidente de "um pronunciamento infeliz" que " tornou insustentável a sua permanência", ainda que Roberto Alvim tenha se desculpado, acrescentou Bolsonaro.
"Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum", acrescentou.
"A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada", afirmou o secretário da Cultura brasileiro.
Por sua vez, Goebbels afirmou, segundo uma biografia escrita por Peter Longerich, que "a arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".
Através do seu Facebook, Roberto Alvim afirmou que esta questão não passava de “uma falácia de esquerda” sobre “uma coincidência retórica” entre as duas afirmações.
Esse é de longe o vídeo mais assustador que vi nesse último ano. E olha que estamos falando de um ano absolutamente aterrorizante. Tudo no texto e na composição do quadro é pavoroso. Não dá pra fazer piada disso. pic.twitter.com/5uyxIB0woU
— carol almeida (@caroltypes) January 17, 2020