Fernando Conde, um conhecido empresário do setor eletrotécnico de Guimarães, está desaparecido desde a última quarta-feira, quando, às 20h, terá dito à mulher que ia ter com um outro empresário da região, Tony, antigo proprietário da conhecida discoteca da cidade Penha Club. O motivo seria um serviço que ia prestar.
A família diz que nunca mais soube nada de Fernando Joaquim Ferreira, de 63 anos – que ganhou o apelido de Conde porque os pais descenderiam dos condes de Oliveira. Mas o sinal do telemóvel, ao que o i apurou, tem sido fundamental para a investigação em curso e que ontem contou com diversas buscas junto a Caldas das Taipas, perto do rio Ave. No local estiveram duas corporações de bombeiros, elementos da Polícia Judiciária de Braga e uma brigada cinotécnica (com cães) da GNR de Guimarães.
O cliente de Fernando Conde, com quem supostamente este iria encontrar-se, reside em Caldas das Taipas. Ao que o i apurou, a família terá já dito às autoridades que desconhece a existência de qualquer inimigo de Fernando Conde e também já será certo que não foram feitos movimentos nas suas duas contas bancárias desde que desapareceu – para o alegado encontro só levou um cartão, inclusivamente.
Segundo foi transmitido aos investigadores, o homem também não tinha qualquer doença nem terá apresentado sinais à família de estar a enfrentar um quadro mais depressivo nos últimos tempos.
Ainda assim, tudo está ainda em aberto, não se descartando para já qualquer hipótese, nem a de homicídio nem a de suicídio.
Fernando Conde montava os sistemas elétricos e de alarmes em grandes empresas de calçado e têxtil da região, tendo também feito alguns trabalhos para o Vitória de Guimarães.
O desaparecimento segundo a família Segundo os testemunhos prestados por familiares próximos à polícia, na última quarta-feira à noite, perto das 20h, o homem disse à mulher que ia sair para se encontrar com Tony, explicando que ia fazer um serviço para este cliente.
Preocupados com a ausência, os familiares mais próximos terão tentado entrar em contacto e, por volta das 10h de quinta-feira, o telefone ainda tocava. Depois disso desligou-se. O filho terá dito à polícia que perto das 11h a ligação já ia parar ao gravador.
A PJ já terá passado a pente fino o registo celular do aparelho: o telemóvel terá apanhado rede às 0h num determinado local, onde ficou parado, e mais tarde, às 6h, voltou a acionar a rede junto a Caldas das Taipas. O i sabe que há também registos que apontam para que a vítima tenha sido vista pela última vez nesta localidade.
A família de Fernando Torres já terá falado com Tony, que disse não saber de nada.
Nas redes sociais, enquanto decorrem as investigações, a família já fez um apelo: “Família procura homem que está desaparecido desde as 20h desta quarta-feira. Na altura do seu desaparecimento, o homem de 63 anos vestia calças cinzentas e parka cinzenta. Deslocava-se num automóvel Volvo C30 (preto) matrícula 73-DU-33 entre Guimarães e Caldas das Taipas”.
O telemóvel e o carro não apareceram ainda.