Morreu o filósofo conservador Roger Scruton

Morreu o filósofo conservador Roger Scruton


Teórico do conservadorismo tinha 75 anos


Sir Roger Scruton, filósofo conservador, morreu ontem aos 75 anos, depois de seis meses de luta contra o cancro. Combativo e contundente, não se furtava a polémicas, como quando disse, em abril do ano passado, em entrevista ao New Statesman que “alguém que pense que não há um império [do magnata George] Soros na Hungria é porque não observou os factos”. Na sequência dessa declaração em que afrontou o milionário de origem húngara acabou por ser demitido pelo governo do cargo não remunerado de coordenador da comissão de habitação Building Better, Building Beautiful. 

Figura proeminente da direita, Scruton foi também um teórico do conservadorismo. É dele a frase: “O conservadorismo parte de um sentimento que todas as pessoas maduras podem facilmente partilhar: o sentimento de que as coisas boas podem ser facilmente destruídas, mas não são facilmente criadas".

Estão publicados em Portugal os seus livros Beleza, Como Ser um Conservador, História da Filosofia Moderna (todos pela Guerra & Paz) e Tolos, Impostores e Incendiários (Quetzal), uma crítica mordaz a pensadores de esquerda como Althusser, Sartre, Deleuze e Zizek.