Depois da troca de ameaças que os Estados Unidos e o Irão têm trocado, deixando a comunidade internacional em alerta, as forças iranianas atacaram, ao início da madrugada desta quarta-feira, duas bases militares norte-americanas no Iraque. Pelo menos 12 mísseis foram lançados, segundo o New York Times, com destino a Al Asad, localizada 180 quilómetros a oeste de Bagdad, e a Erbil, que se distancia da capital em cerca de 300 quilómetros.
Até agora, não foram confirmados feridos ou vítimas mortais. O Presidente dos Estados Unidos afirmou, pouco depois do lançamento dos mísseis, que iria falar durante a manhã. “Tudo está bem”, começou por escrever. “Temos as forças militares mais poderosas e bem equipadas do mundo”, continuou. Garantindo que a situação, e eventuais estragos, estavam a ser analisados, voltou a reforçar – “até agora, tudo bem”.
Depois de o General Qasem Soleimani ter morrido, na passada sexta-feira, num ataque ordenado por Trump, a tensão entre os dois países tem vindo a crescer. Em declarações, as forças iranianas têm prometido vingança e "morte à América". Durante a madrugada, também o Exército de Guardiães da Revolução Islâmica garantiu que a sua “vingança feroz” tinha começado. Uma hora depois do ataque, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano deu por "concluído" o ataque. Recorrendo também ao Twiiter, Javad Zarif garantiu que o país não procurava uma guerra, mas que se ia defender "de quaisquer agressões".
Do lado americano, também a líder da casa dos Representantes se pronunciou recorrendo à rede social. Garantindo que já estava a seguir “de perto” a situação, Nancy Pelosi escreveu que a segurança das forças militares tem que estar garantida e que as provocações “desnecessárias da Administração [Trump] têm que acabar". “A América e o mundo não conseguem suportar uma guerra”, finalizou.
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