Orçamento. O PCP abstém-se na próxima sexta-feira

Orçamento. O PCP abstém-se na próxima sexta-feira


Os comunistas anunciaram que se vão abster na proposta de Orçamento do Estado na próxima sexta-feira, dia 10 de janeiro


O PCP vai-se abster na proposta de Orçamento do Estado para 2020. O anúncio foi feito esta quarta-feira em conferência de imprensa, ainda que tenha assumido este sentido de voto como "uma forma de não fechar as portas" à negociação na especialidade. É a primeira vez que o faz.

João Oliveira, líder parlamentar do PCP, insistiu que a proposta de Orçamento está "distante das necessidades do País".

A posição oficial do PCP resulta, sobretudo, do facto de o Governo ter admitido  "concretizar alguns passos de sentido positivo". A saber,  "aumento das pensões, dar passos na gratuitidade das creches, de concretização do fim das taxas moderadoras, de redução dos custos da energia, de aumento de prestações sociais como o abono de família ou o subsídio de desemprego, de reforço do Serviço Nacional de Saúde e criação do Laboratório Nacional do Medicamento, entre outras". Contudo, a abstenção dos comunistas fica condicionada à negociação na especialidade. E, até onde, o Governo e o PS querem ceder. 

Para o PCP "há margem orçamental para dar resposta aos problemas económicos e sociais do País. Havia e há meios bastantes no País para que não se continue a adiar aquilo que há muito é reclamado pelo povo português".

Se o Bloco de Esquerda seguir o mesmo caminho do PCP, então, a aprovação do Orçamento na generalidade está garantida. Esta quarta-feira, Catarina Martins, coordenadora do BE, reúne-se com o primeiro-ministro, António Costa. O debate arranca esta quinta.feira e a votação será feita na sexta.

[Notícia ataulizada às 13h57]