Julian Weigl é o nome em destaque no mercado de inverno em Portugal. Ainda antes de fechar 2019, o Benfica confirmou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter chegado a acordo com o Borussia Dortmund para a aquisição do passe do médio de 24 anos, num negócio que custa aos cofres do clube da Luz 20 milhões de euros. Já durante o dia de ontem, o campeão nacional oficializou a contratação. Aposta forte das águias, note-se, com o médio a tornar-se a segunda contratação mais cara de sempre, igualando o valor pago pelos encarnados pela aquisição do avançado Raúl de Tomás ao Real Madrid (julho de 2019). Ainda assim, Raúl Jiménez continua a ser o futebolista mais caro da história das águias, que pagaram ao Atlético de Madrid 22 milhões de euros pelo jogador (2015). Já Weigl assinou um contrato válido por quatro temporadas e meia (até junho de 2024), com um salário de cerca de cinco milhões de euros brutos anuais (2,5 líquidos) – além de um prémio de assinatura de três milhões de euros.
O jogador chegou esta quinta-feira à Luz depois de quatro temporadas e meia no Borussia Dortmund. Esta época disputou 20 jogos e apontou um golo. O clube da Bundesliga já se tinha despedido do alemão através de um vídeo nas redes: “Benfica, levais um dos maiores”, acompanhando a mensagem com um golo do médio contra o… Sporting.
Weigl ficará também blindado com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, semelhante ao que acontece com Florentino e Gedson. Diga-se, ainda, que o Benfica aproveitou o momento para deixar claro que este tipo de contratações não colocam em causa os atletas formados no Seixal. “Importa desconstruir a visão infantil de considerar que este tipo de aquisições coloca em causa a aposta no Seixal. (…) É essa aposta que permite hoje ao clube dar um salto qualitativo em termos desportivos e financeiros e é na conciliação dessa base da formação com aquisições de jogadores de topo que permitirá ao Benfica enfrentar o novo ciclo ainda mais exigente em termos internacionais que esta nova década trará”, pode ler-se na News Benfica.
Os comandados de Bruno Lage defrontam este fim de semana o V. Guimarães, na jornada 15 da Liga, esperando o técnico que o médio alemão já entre nas contas para o jogo seguinte, também a contar para o campeonato, ante o Aves, agendado para 11 de janeiro. Segue-se a receção ao Rio Ave, para a Taça de Portugal, e, depois, o dérbi com o Sporting, em Alvalade, novamente para a I Liga (ronda 17).
O regresso de ibrahimovic a Milão Uma semana depois de ter sido oficializado o regresso de Zlatan Ibrahimovic ao futebol europeu, o avançado chegou ontem a Itália, onde muitos adeptos esperaram o astro sueco junto ao aeródromo de Linate. Ibra está de volta ao AC Milan, tendo assinado contrato até ao final da época 2019/2020, com a opção de prolongar o vínculo por mais uma temporada.
Nos rossoneri, que representou nas temporadas 2010/11 e 2011/12, conquistou um campeonato italiano e uma Supertaça. Nesse período, realizou 85 jogos, tendo apontado 56 golos. Aos 38 anos, Ibra estava sem clube depois de ter deixado os LA Galaxy, dos Estados Unidos. “Vou regressar a um clube que respeito muito e à cidade de Milão, que adoro. Vou lutar com os meus colegas de equipa para mudar o rumo desta época. Vou fazer tudo para que isso aconteça”, disse nas redes. Após 17 jornadas, o clube de Milão segue atirado no 11.º lugar da Liga italiana, com 21 pontos, a 21 dos líderes Inter e Juventus [ver pág. 36].
Ano novo, vida nova… mas também algumas novelas antigas, que prometem continuar a ter novos episódios. O mercado voltou a abrir e o dossier Neymar voltou imediatamente a dar que falar. Depois de ter sido o principal protagonista no último mercado de verão, em que chegou a ser garantido o seu regresso ao Barcelona – ou até uma transferência para o rival Real Madrid –, o atacante brasileiro permaneceu nos franceses do PSG. Porém, com a nova janela do mercado, o futebolista mais caro da história do futebol mundial volta a estar debaixo dos holofotes. A vontade do jogador parece continuar a ser a mesma: deixar Paris, onde nunca foi verdadeiramente feliz. O PSG, líder do campeonato francês, deverá manter a mesma posição – o jogador pode sair desde que paguem o valor exigido, que está, claro, ao alcance de muito poucos…