Joana Amaral Dias criticou este fim de semana a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que foi chamado a socorrer o seu pai, que morreu a semana passada a caminho do hospital, depois de ter estado duas horas à espera da ambulância.
A psicóloga e antiga deputada do Bloco de Esquerda revelou que o pai se sentiu mal às 9h da manhã de terça-feira passada e a ambulância foi chamada nove minutos mais tarde, disse à SIC Notícias. No entanto, o psicanalista Carlos Amaral Dias acabou por chegar ao hospital já depois das 11h da manhã e sem vida, referindo “que o trajeto da sua residência ao São José é bastante curto” e que o sucedido foi um “cocktail fatal de acidentes, negligência e incompetência”.
“O meu pai tinha 73 anos, várias doenças crónicas e patologias graves e, de facto, a sua expetativa e esperança de vida eram já limitadas, mas certamente merecia ter partido em paz e com outra tranquilidade, com a mão segura pelos que amava, com os olhos postos nos que tinha”, explicou a antiga deputada do BE.
A filha do psicanalista contou ainda que houve uma ambulância que avariou e que o carro do INEM que se deslocou ao local chegou atrasado e “só com um técnico e sem o equipamento de reanimação como a situação estritamente ditava”. “O resultado foi a morte”, concluiu.
Pedro Santana Lopes, fundador do partido Aliança, comentou a situação no Facebook e apelidou a situação de “revoltante”. “O meu pai morreu há sete anos, depois de uma situação em que esperou hora e meia por uma ambulância, depois de cair, em Troia. Custa muito, mas neste caso com o notável psicanalista, ainda mais incompreensível é. Na verdade, morava no centro de Lisboa, perto do Hospital de São José, e demorou duas horas a chegar lá. Que Portugal é este? Inquérito? Pois sim”, escreveu.