No próximo ano, é esperado que os preços das casas aumentem. De acordo com um relatório da agência de notação financeira Moody’s, divulgado esta quarta-feira, está ainda previsto “algum declínio em empréstimos brutos para hipotecas”. A agência de rating prevê também que a “subscrição de crédito ao consumo permaneça inalterada” para novas operações.
Para os empréstimos pendentes, a Moody’s espera uma “forte inflação nos preços da habitação, ainda que abaixo dos anteriores”, fixada nos 4%. Está também previsto, no mesmo documento, que o desemprego decresça “ligeiramente”.
A agência prevê que em Portugal haja "uma atividade de securitização [transformação de dívida e títulos de crédito em carteiras vendáveis] adicional de crédito malparado em Portugal, Grécia e Espanha, e em menor grau, na Irlanda".
Apesar da “moderada” subida no preço das casas, este aumento vai, segundo o documento, “apoiar potenciais recuperações para empréstimos em incumprimento, através de acordos de securitização de hipotecas residenciais [RMBS]".
No relatório hoje divulgado, pode ainda ler-se que "o financiamento barato e uma maior competição levarão alguns nichos de credores a ficar mais suscetíveis a choques económicos".