A ideia de transferir secretarias de Estado para outras zonas do país não é nova. Santana Lopes é um dos defensores da deslocalização e quando foi primeiro-ministro saíram de Lisboa seis secretarias de Estado. “Há pouco tempo, um jornal escreveu que eu tinha mudado a Secretaria de Estado da Agricultura para a Golegã. Mas além dessa mudei outras cinco: a da Juventude para Braga, a do Ensino Superior para Aveiro, a da Administração Local para Coimbra, a da Agricultura para a Golegã, a da Cultura para Évora e a do Turismo para Faro”, recorda o líder do Aliança.
Santana Lopes diz ao i que esta é uma medida “importante”, mas é necessário ir mais longe: “Acho que deviam ser deslocalizados ministérios, não só secretarias de Estado. Por exemplo, o Ministério da Saúde devia ir para Coimbra, que se considera a si própria a capital da saúde. O Ministério da Economia ia para o Porto ou para Braga. Acho até que um ou outro tribunal superior podia também ir para outra cidade”, sugere o ex-primeiro-ministro, que diz não ter ido mais longe durante a sua legislatura por falta de força política.
O líder do Aliança alerta ainda para a necessidade de “levar também os serviços agregados” a estas secretarias de Estado, por forma a deixar claro que não se trata apenas de uma “medida simbólica, sem efeitos substanciais”. Joana Marques Alves