Relatório da OCDE melhora previsões para crescimento na zona euro

Relatório da OCDE melhora previsões para crescimento na zona euro


Estimativas apontam subida de uma décima em relação aos números divulgados em setembro.


A OCDE divulgou, esta quinta-feira, a sua previsão de crescimento económico da zona euro este ano e no próximo.

Os dados apontam para que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresça 1,2% este ano o que representa uma melhoria de uma décima. Já em 2020, a estimativa é de 1,1%, também acima do inicialmente apontado.

Sublinhe-se que em setembro, nas perspetivas económicas intercalares, estavam previstos crescimentos de 1,1% e 1%, respetivamente.

"Prevê-se que o crescimento do PIB na zona euro permaneça moderado", lê-se no relatório, que refere também que "o aumento dos salários e as políticas macroeconómicas acomodatícias estão a suportar os gastos das famílias, mas a elevada incerteza, a fraca procura externa e a baixa confiança estão a penalizar os investimentos e as exportações".

Aquela entidade defende que "é adequada uma política monetária muito acomodatícia, devido à previsão de baixa inflação", no entanto, salienta que "uma retoma sustentável do crescimento e um regresso duradouro da inflação à meta [do Banco Central Europeu – de 'abaixo mas próximo de 2%'] exigirão também uma maior flexibilização orçamental".

Sublinhe-se que a política monetária acomodatícia caracteriza-se por baixas taxas de juro e destina-se a estimular o crescimento da economia da zona euro e a fazer subir a taxa de inflação.

No relatório, a OCDE acrescenta ainda que "um novo impulso rumo a uma integração europeia mais forte, nomeadamente através do aprofundamento do mercado único, conclusão da união bancária e desenvolvimento de instrumentos orçamentais comuns, iria promover a resiliência e o crescimento da produtividade" na zona euro.

Aliás, a previsão para o Reino Unido antecipa uma expansão de 1,2% este ano e 1% em 2020, alertando que "a incerteza relacionada com o 'Brexit' continuará a reter o investimento até que haja clareza sobre o formato das futuras negociações".