O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia confessou, esta quarta-feira, que pressionou o Governo ucraniano a investigar a atividade da família de Joe Biden, um dos principais rivais políticos democratas na corrida às presidenciais norte-americanas, que se irão realizar em janeiro. Gordon Sondland afirmou, no Congresso, que o fez por “instruções expressas” do atual Presidente norte-americano.
O diplomata, que foi um dos principais fundadores da primeira campanha de Donald Trump, admitiu ainda que houve uma relação ‘quid pro quo’, confirmando assim que ajuda militar foi oferecida à Ucrânia em troca da investigação à família Biden.
Na versão do diplomata, foi o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, que impeliu a pressão sobre o governo ucraniano para realizar a investigação ao ex-vice-Presidente durante os dois mandatos de Barack Obama, entre 2009 e 2017.
O embaixador disse que que enviou um e-mail para o Departamento de Estado, antes do telefonema entre Trump e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a explicar que uma visita à Casa Branca só aconteceria se Zelensky abrisse uma investigação aos negócios que o filho de Joe Biden tem na Ucrânia.