Apostar numa atividade já testada e com provas de sucesso é uma das mais-valias de investir no franchising – ou seja, permite a quem tem pouca ou nenhuma experiência empresarial abrir um negócio com menos risco e maior probabilidade de ser bem-sucedido, porque beneficia de estar inserido numa rede de apoio e formação por parte da estrutura do franchisador e da notoriedade de uma marca já existente. Mas também exige custos acrescidos, já que é obrigado a pagar contrapartidas financeiras (direito de entrada, royalties, etc.)
De acordo com o Instituto de Informação em Franchising (IIF), a modalidade é vista cada vez mais como uma solução de autoemprego pelos portugueses. Para tal tem contribuído o aumento de negócios de baixo investimento, mas também o próprio formato de franquia que, ao assentar em conceitos já testados no mercado, oferece maior segurança a quem quer criar o seu negócio.
Há negócios para todos os gostos e preços. De acordo com o instituto, é possível iniciar uma atividade com valores baixos, sobretudo no setor dos serviços, em que muitas vezes não há a obrigatoriedade de ter um espaço específico para o negócio, podendo funcionar-se a partir de casa ou num espaço de coworking. No entanto, apesar de o investimento inicial ser baixo, é importante que o empresário assegure, pelo menos, mais de 30% do valor inicial para que possa ter algum fundo de maneio.
De acordo com os dados disponibilizados pelo IIF, para investir na mediação imobiliária necessita entre 25 mil e 250 mil euros. Tudo depende da marca que escolher. Já para investir no Intermarché, por exemplo, precisa de aplicar entre 100 mil e 250 mil euros; já para a Parfois (moda e acessórios), precisa de desembolsar entre 50 mil e 100 mil euros. Mas se optar pela restauração, os valores são mais elevados. Tanto o Burger Ranch como o McDonald’s requerem mais de 250 mil euros.
Também a Fnac está a apostar na expansão da sua rede de lojas através de franchising. Nos próximos três anos, a cadeia francesa quer abrir mais sete espaços – plano que corre em paralelo com o de abertura de lojas próprias e no qual o grupo prevê investir 20 milhões de euros até 2022.
Para quem está a pensar em entrar nesta área, o IIF aconselha o potencial franchisado a analisar em que fase de crescimento se encontra o franchisador e, depois de selecionar a marca, a assinar um pré-contrato antes do definitivo. “Desta forma consegue ter acesso aos manuais operacionais. Contudo, tal implica não divulgar nenhuma das informações a terceiros”, conclui.