A China aprovou um medicamento, feito à base de algas marinhas, que pode ser usado no tratamento suave ou moderado do Alzheimer. A aprovação do Oligomannate é, no entanto, condicional, segundo as autoridades chinesas. A comercialização do medicamento está autorizada enquanto decorrem ainda testes clínicos adicionais, porém, a toma é monitorizada de perto e pode ser retirada caso sejam apresentados riscos para a saúde dos pacientes.
O ensaio demonstrou, até agora, que, em apenas quatro semanas, O Oligomannate melhorou a função cognitiva entre as pessoas com o Alzheimer. Quando comparado com os tratamentos existentes, este novo medicamento demonstrou “resultados encorajadores”, segundo o chefe do departamento de neurologia da Universidade Chinesa, em Hong Kong, Vicent Mok.
O coordenador do estudo, Geng Meiyu, disse, em setembro, que a baixa prevalência de Alzheimer em pessoas que consomem algas marinhas levou a equipa a ficar desperta para este tipo de planta. O investigador do Instituto de Matéria Médica de Xangai esclareceu que o açúcar da alga marinha ajuda a suprimir uma matéria contida nos intestinos, e que pode causar degeneração neurológica e inflamação do cérebro, levando ao aparecimento do Alzheimer.
A Green Valley, farmacêutica que conduz o estudo, garantiu que o medicamento vai estar à venda “muito em breve”, estando Aida prevista uma terceira fase de ensaios clínicos na Europa e nos EUA, no início de 2020.