Os grandes vencedores da 13.a edição do EDP University Challenge foram Victor Takashi Hayashi e Tiago Yukio Fujii, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, cujo tema de projeto era a Gamificação da Conscientização Energética usando Interfaces Conversacionais e Predição. Pela primeira vez, este concurso foi global, contando com participantes de Portugal, Brasil e Espanha. A final realizou-se ontem em Lisboa, na sede da EDP.
Numa final onde estiveram presentes três projetos de cada um dos três países presentes em concurso – Portugal, Espanha e Brasil –, esta dupla de brasileiros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo foi mesmo quem levou a melhor.
Emocionados após a vitória nesta iniciativa internacional levada a cabo pela empresa do setor energético para universitários dos vários países onde a EDP Renováveis – empresa subsidiária do Grupo Energias de Portugal, que opera no domínio das energias renováveis – está presente, Victor Hayashi e Tiago Fujii explicaram que inicialmente não “estavam nada confiantes na vitória”. “Ainda não nos caiu a ficha. Estamos ainda um pouco fora de nós”, referiram.
O projeto desta dupla do Brasil consiste em colocar um dispositivo num eletrodoméstico e medir quanto é que este gasta. “As pessoas, normalmente, pensam que estão a gastar um valor, mas na verdade não sabem quanto é ao certo. Com este dispositivo, as pessoas podem saber exatamente a quantidade de energia gasta pelo seu ar condicionado ou pelo seu chuveiro, por exemplo, tal como o dinheiro que se gasta aí”, explicam.
Segundo Victor e Tiago, este aparelho transmite conforto às pessoas e permite-lhes um maior e melhor controlo das suas economias.
A dupla que idealizou e colocou em prática uma aplicação com interface de voz – Google Home e Alexa – para informar o cliente e torná-lo mais autónomo em relação ao seu consumo de energia terá agora à sua espera uma viagem de uma semana a Silicon Valley, na Califórnia, Estados Unidos, conhecido por ser o local onde se encontram as maiores empresas de alta tecnologia mundiais. Referiram ainda que se inscreveram mesmo no último dia possível.
Depois desta monitorização, as empresas de comercialização e distribuição de energia podem usar os dados e algoritmos de previsão para otimizar a rede e a informação reunida pode direcionar o público para estratégias de consciencialização energética e evolução da rede.
Segundo Ana Sofia Vinhas, diretora de marca da EDP, é muito importante esta ligação entre os alunos do ensino superior e a empresa do setor energético, uma vez que os alunos “são os talentos do futuro e é esta geração que está a acompanhar as evoluções digitais e tecnológicas, tendo a capacidade de apresentar ideias que podem ser desenvolvidas no negócio da EDP”.
A edição deste ano tinha como tema o Futuro, havendo em cada país um desafio distinto. Em Portugal, as várias equipas que participaram tiveram de idealizar a Loja do Futuro da EDP. Já no Brasil, o tema foi a Casa do Futuro, enquanto em Espanha foi a Energia do Futuro e a sua relação com a EDP Renováveis.
Segundo a EDP, houve um total de 272 candidaturas provenientes dos países participantes. Contudo, apenas três equipas de cada país passaram à final, que se realizou ontem em Lisboa. Cada uma dessas nove equipas recebeu um prémio monetário de 1600 euros: 1200 para os estudantes e 400 para o professor que os orientou.
Equipa de Portugal chegou ao pódio Nesta final estiveram presentes três projetos de equipas inscritas em Portugal, cujo tema era a Loja do Futuro da EDP. Desses três, um chegou aos três finalistas e os autores tiveram a oportunidade de voltar a apresentar o seu projeto e de responder às questões do painel de jurados, composto por Diogo Ramalho, vice-diretor e chefe de desempenho de vendas e estratégia comercial B2C na EDP Portugal, Joaquín García-Boto, diretor de promoção da EDP Renováveis Espanha, Nuno Pinto, gerente de produtos B2C da EDP Brasil, e Telmo Vieira, da PremiValor Consulting, parceira da EDP há 13 anos.
A dupla Renato Andrade e Paula Feio, da Universidade do Minho, cujo tema do projeto era a Aplicação das Realidades Aumentada e Virtual no Âmbito das Lojas de Serviços, foi a única das três a chegar à final.
A dupla considerou que “conseguiu aplicar bem a metodologia desejada” e criar “empatia com o cliente desde o início até à altura em que testaram o projeto”. Renato e Paula pretendiam tornar a experiência do cliente em loja mais interessante através da realidade aumentada, por exemplo, criando uma nova experiência nas lojas da EDP, “que estão ainda muito no passado”.