José Sócrates começa a ser interrogado esta segunda-feira, no âmbito do caso Operação Marquês, quase cinco anos depois de ter sido detido. O ex-primeiro-ministro é suspeito branqueamento de capitais, falsificação de documento, corrupção e fraude fiscal.
No Requerimento de Abertura de Instrução (RAI), Sócrates sublinha que "não cometeu qualquer crime, nem praticou os factos narrados na acusação, muitos dos quais nunca sequer ocorreram" e considera que tal está provado "nos autos".
O ex-primeiro ministro será o penúltimo arguido do caso a ser interrogado pelo juiz Ivo Rosa, sendo que o empresário Carlos Santos Silva, com audiência marcada para dia 27 de novembro, irá encerrar o ciclo de interrogatórios na fase de instrução. Terminadas as sessões, o juiz irá decidir se os arguidos devem ou não ir a julgamento e em que termos isso acontece.
Recorde-se que José Sócrates esteve em prisão preventiva durante dez meses e 42 dias em prisão domiciliária.