Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta quinta-feira reunido com os representantes das startups portugueses que vão participar na Web Summit, em 2019, e defendeu a ideia de uma revolução digital imparável "que está a mudar o mundo, a Europa e Portugal".
O Presidente da República assumiu que, na sua visão, os ciclos de vidas das startups são "curtos, intensos mas furtuosos" e sublinhou que tem de existir "maturidade" nos temas que irão ser tratados na 11.ª edição da Web Summit, marcada para novembro. "Temas como a regulação, como a privacidade, como o financiamento, como a sustentabilidade, eram temas que já vinham de trás mas que ganharam importância hoje", afirmou o Chefe de Estado.
Todavia, "maturidade não pode ser o fim, tem de ser o recomeço”, defendeu, com os olhos postos no futuro. E dirigindo-se aos representantes das startups, Marcelo disse: “A vossa vida vai recomeçar várias vezes, a Web Summit vai recomeçar várias vezes, a imaginação do Paddy, mais o apoio de Portugal, mais os investimentos infraestuturais que vão sendo feitos – e que vão ser mesmo feitos –, mais aquela mudança que é preciso introduzir ano após ano para que não seja um caminho que acaba e ser um caminho que se renova”, sublinhou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, tudo isto "significa futuro para a revolução digital, futuro para as vossas iniciativas, futuro para Portugal e para os portugueses" e sublinha o interesse de Portugal em toda a revolução digital que o evento acompanha.
“Daqui por anos já não teremos quem tenha dúvidas, que havia no início da Web Summit, sobre se há ou não alterações climáticas: há. Daqui por uns anos, se não já hoje, não teremos dúvidas por todo o mundo quanto é que o multilateralismo é importante: é importante. Ninguém é uma ilha, nem mesmo o maior poder do mundo".
Por isso mesmo, o Presidente defende que "há que colaborar, há que convergir", com o inuito de criar um "futuro global diferente" que "será também um futuro diferente para Portugal e para os portugueses".
Dirigindo-se aos dirigentes das startups, Marcelo agradeceu o trabalho e sublinhou que tal está a levar Portugal a mudar. "Não se nota mas [o país] está diferente. O Portugal de há 3, 4, 5 anos era diferente do Portugal atual e uma das razões têm a ver convosco", afirmou Marcelo.
"Estamos gratos a quem arrancou e especialmente gratos ao Paddy. Soube perceber que Lisboa e Portugal eram interessantes, complicados mas interessantes, dando algumas dores de cabeça, mas interessantes. E não está arrependido e não pode arrepender-se (…)", rematou.