Belém. César diz que apoio do PS a Marcelo não está garantido

Belém. César diz que apoio do PS a Marcelo não está garantido


Presidente do partido assegurou, na RTP3, que Marcelo “é um forte candidato ao apoio do PS”


O presidente do PS, Carlos César, considera que Marcelo Rebelo de Sousa é um “forte candidato ao apoio” dos socialistas nas próximas presidenciais de janeiro de 2021. Contudo, não haverá cheques em branco. Ou seja, “esse apoio não está garantido”.

Numa entrevista à RTP3 , César deixou o aviso:”Evidentemente que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, continuando o seu mandato como o tem feito, é um forte candidato ao apoio do Partido Socialista, mas esse apoio não está garantido. Não era legítimo da nossa parte fazê-lo. Temos de avaliar e, naturalmente, quando o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa se candidatar, dirá com que propósito, se para fazer o mesmo, se para fazer algo diferente”, declarou César numa entrevista em que defendeu também que o Governo vai durar quatro anos.

Mais, o presidente socialista lembrou que haverá consequências eleitorais para quem provocar uma crise política à esquerda: “A penalização sobre quem põe em causa a estabilidade política (…) é muito grande por parte dos portugueses. Os portugueses não iriam achar graça nenhuma que quem lhes disse ‘deem-me votos para segurar este Governo’, depois, [o deixasse] cair”.

Do lado do PS, um cenário de crise só seria admitido em último caso. “Não o deve fazer”, começou por defender o dirigente socialista, sublinhando que só há uma hipótese em que tal seria possível: “em situações de bloqueio”.

Quanto ao seu futuro, depois de sair da liderança parlamentar, Carlos César não quis revelar se foi convidado para integrar o novo Governo. Mas mesmo não tendo cargos no Governo ou no Parlamento, lembrou que vai continuar a desempenhar o papel de presidente do PS, estando já aposentado. “Não é preciso ser deputado para se ter um empenhamento político ou mesmo para se ter influência política”, defendeu César.

O presidente do PS assegurou ainda que não quis ser presidente do Parlamento e incentiva Ferro Rodrigues a continuar nesse papel.