Comandantes dos Sapadores debatem operacionalidade

Comandantes dos Sapadores debatem operacionalidade


O encontro não ocorria há mais de dez anos.


Os comandantes dos bombeiros sapadores de todo o país reúnem em Lisboa, durante esta quinta-feira, o que já não sucedia há mais de dez anos, desta vez para serem questionados sobre o aumento da idade de reforma dos seus operacionais, aprovado pelo novo estatuto.

A reunião decorrerá na Escola do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, em Chelas, de manhã, tendo sido promovida pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, para fazer o enquadramento da nova legislação, a consequente do Estatuto do Bombeiro Profissional, recentemente aprovado.

Ambas as estruturas representativas dos bombeiros profissionais portugueses pretendem auscultar primeiro os comandantes sobre os problemas dos corpos de bombeiros, “tendo em vista apresentar ao Governo uma proposta que corrija as situações menos satisfatórias que constam do novo Estatuto dos Bombeiros Profissionais e entre as quais aposentação”.

“Os comandantes, responsáveis máximos pela operacionalidade dos bombeiros sapadores de todo o país, estão preocupados com a organização dos seus corpos de bombeiros depois de o novo diploma aumentar a idade da reforma dos seus operacionais, pois a reforma aos 60 anos acarreta consigo problemas de organização que se refletem em duas vertentes”, como dizem os responsáveis associativos e sindicais, Fernando Curto e Sérgio Carvalho.

“Por um lado, bombeiros em idade de reforma mesmo sem condições físicas serão assim obrigados a continuar a exercer a profissão, por outro, a permanência destes operacionais no corpo de bombeiros, que não reúnem já todas as suas qualidades operacionais, impede o ingresso de novos operacionais”, conforme acrescentaram aqueles dois altos dirigentes.

“O resultado é a existência corpos de bombeiros com uma média de idades muito elevada e o condicionamento da operacionalidade”, salientaram ainda, acrescentando que “outra das preocupações manifestada pelos comandantes e pela ANBP/SNBP prende-se com a formação, que consideram que deve ser uniformizada, para todos os bombeiros sapadores disporem das mesmas ferramentas e partilharem as mesmas práticas operacionais, a fim de facilitarem o trabalho de campo, tantas vezes desempenhado em simultâneo, por vários corpos de bombeiros”, situação que envolverá todos os comandante de sapadores do país.