O Presidente de França, Emmanuel Macron, exigiu uma “sociedade de vigilância” contra o extremismo islâmico. As declarações foram feitas durante uma cerimónia em homenagem aos três polícias e um funcionário administrativo mortos no quartel-general da polícia em Paris, por Mickael Harpon, um informático que trabalhava nas instalações e que se terá convertido online à vertente salafita do islão, de acordo com a investigação.
“Todos os serviços do Estado, combinados, não serão capazes de vencer sozinhos a hidra islamita”, declarou Macron, durante a cerimónia na Catedral de Notre Dame. Macron disse que “cabe a toda a nação” estar atenta a quaisquer sinais de radicalização.
As declarações do Presidente francês foram vistas como uma maneira de tirar a pressão sobre o ministro do Interior francês, Christophe Castaner. A oposição exige a demissão de Castaner, após o falhanço em agir perante a radicalização de Harpon. Vários colegas tinham feito queixa dos comentários feitos pelo informático em 2015, celebrando o ataque ao jornal Charlie Hebdo – mas mesmo assim não foi tomada nenhuma ação.