Por que razão devemos votar


A única certeza absoluta que se pode retirar da abstenção globalmente considerada é que a mesma decorre de uma omissão voluntária de participação directa na própria democracia. Sendo por excelência o acto de votar, aquele que, verdadeiramente torna iguais todos os cidadãos, pois não existe em Portugal pesos relativos de quaisquer espécie em cada voto…


No próximo Domingo é o dia das eleições legislativas.

Para alguns milhões de pessoas, será um dia como outro qualquer de Domingo. Não estando nos seus planos gastar meia hora do seu tempo para uma deslocação à assembleia de voto da respectiva área de residência e exercer o seu direito e dever cívico de votar.

Estes portugueses e eleitores que não atribuem qualquer importância ao acto de votar, acham que isso não tem qualquer interesse e que nada interfere nas suas vidas concretas…

Nada de mais errado!

As razões, no entanto, são muito diversas que levam os eleitores portugueses à decisão pela abstenção. Pelo que, é sempre um erro tremendo fazer análises simplistas sobre o assunto, como as que se fazem regularmente em cada noite eleitoral, em que se metem todos os abstencionistas no mesmo lote, ou pior ainda, dividindo a percentagem desses cidadãos que não disseram nada, como sendo “propriedade” de cada uma das forças partidárias em sufrágio caso tivessem dito alguma coisa.

Trata-se portanto de um mero exercício hipotético e intelectualmente ridículo!

Quando se diz que a abstenção prejudicou A em favor de B, tal afirmação é simplesmente uma interpretação subjectiva em absoluto e desprovida de qualquer sustentação fáctica. Até porque, quem se abstém não está minimamente interessado em que haja vencedores ou derrotados. Logo, cada acto abstencionista individual prejudica, na exacta medida, todos os partidos concorrentes. Não podendo nunca favorecer nenhum deles.

A única certeza absoluta que se pode retirar da abstenção globalmente considerada é que a mesma decorre de uma omissão voluntária de participação directa na própria democracia. Sendo por excelência o acto de votar, aquele que, verdadeiramente torna iguais todos os cidadãos, pois não existe em Portugal pesos relativos de quaisquer espécie em cada voto democrático electivo.

Assim, o meu voto é precisamente igual e vale exactamente o mesmo que o voto exercido por qualquer outro cidadão deste país. Seja de onde for, esteja onde estiver. Seja desempregado, pensionista, mecânico, bancário, jornalista, engenheiro, arquiteto, médico, advogado, banqueiro, empresário, presidente da junta freguesia, presidente da câmara municipal, deputado, juiz, ministro, Primeiro-Ministro ou Presidente da República. Todos esses votos individuais são iguais e valem o mesmo. Nem mais, nem menos do que o meu!

É essa igualdade absoluta do voto – pessoal e intransmissível – que o torna realmente muito importante.

Porém, essa marca e essa força igualitária real do cidadão eleitor, só se cumpre se o voto for exercido de facto.

Quando não o exercemos, aí sim, estamos nós próprios a dizer que não valemos o mesmo que os outros cidadãos que o fazem. Pior, estamos a deixar por mãos alheias a decisão que nos cabe também a nós poder decidir.

É evidente que muitos portugueses eleitores terão razões objectivas e até perfeitamente compreensíveis que sustentam este afastamento de cidadania ao ponto de se demitirem da própria participação democrática directa que é votar.

Como poderemos nós esperar de todo um povo, entusiasmo em participar nas escolhas políticas partidárias em disputa eleitoral, quando a democracia representativa se encontra num estado de inegável descrédito e descredibilização política generalizada?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, vontade de votar em partidos políticos que têm dirigentes sem o menor sentido de responsabilidade pela forma como actuam e gerem a coisa pública, nunca sendo responsabilizados politicamente por nada nem coisa absolutamente nenhuma, nem cabalmente afastados por quem os lidera?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a cumplicidade dada pelo seu voto – naquele acto de enorme responsabilidade que é colocar a cruzinha no partido politico que queremos para nos representar e governar -, sabendo que poderá estar a eleger gente com duvidosos valores de personalidade que transforma o Estado como se fosse uma empresa sua e familiar onde lá colocam o irmão, o primo, o tio, a mulher, o marido, a amante e os amigos dos amigos e fazem negócios em nome do Estado com as empresas (algumas criadas na hora) da restante família e amigos que ficaram na “sociedade civil”?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a confiança dada pelo voto a quem, mais cedo ou mais tarde, virá a ser acusado e, eventualmente, julgado e condenado pela justiça (se esta ainda for funcionando minimamente…) pela suspeita da prática dos mais variados crimes no exercício pleno de funções de poder?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a autorização pelo seu voto, para que se prossiga este estado de coisas a que chegou o Estado, em que ao mesmo tempo que tudo isto acontece, vive sem serviços decentes na saúde, na educação, nos transportes que envergonham qualquer pessoa de bem neste país?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, que acredite que o seu voto vale alguma coisa, quando quem ganha eleições é relegado democraticamente para a oposição e quem as perde faz arranjinhos com outros perdedores nas costas dos portugueses eleitores e, descaradamente governa com toda a normalidade?

Há, pois, muita gente na abstenção que não pretende de todo participar na democracia porque quer dormir descansada e com a sua consciência tranquila, pelo simples facto de não ter votado e com isso não ter colocado no poder quem eventualmente se comporte de maneira menos correcta.

Sem dúvida que são argumentos válidos e indiscutivelmente fortes. No entanto, creio que não é a forma mais correcta de actuação se ainda houver – em cada uma destas pessoas – vontade intrínseca de alguma coisa se querer fazer para ajudar Portugal a terminar com esta fase muito má para a nossa memória colectiva enquanto povo de um Estado-Nação com 900 anos de história!

Mais se torna imperativo participar, quando temos ao nosso dispor uma panóplia de opções politicas e partidárias novas que nada já têm a ver com a forma de se fazer política dos partidos do regime.

Não se trata necessariamente de termos na política só gente nova. Não é isso que eu digo. O que digo é que os velhos partidos políticos estão, eles próprios, reféns de si mesmos. São hoje muito mais do que os instrumentos da democracia que deveriam ser. Transformaram-se no Estado concreto que é o actual regime de 1976. São organizações com vida própria cuja ligação ao funcionamento das instituições democráticas do Estado de Direito é abusiva, excessiva e anormal.

Acho mesmo que seria muito bom para a democracia representativa nacional, podermos contar no parlamento – já na próxima legislatura – com o máximo possível de deputados eleitos pelos novos partidos políticos portugueses que se apresentam a estas eleições legislativas do próximo dia 6 de Outubro e que estão limpos, sem vícios nem ligações esquisitas e cuja vontade de realizar Portugal de quem neles milita e por eles dá a cara e se candidata, é claramente mais fidedigna e confiável.

Qualquer deputado que venha a ser eleito pelos novos partidos políticos, seja a ALIANÇA, INICIATIVA LIBERAL, CHEGA, NÓS CIDADÃOS ou mesmo até pelo LIVRE, para além de outros não tão recentes mas igualmente pequenos partidos políticos sem ligações à descontrolada máquina do Estado, serão, com toda a certeza, mais úteis e empenhados representantes democráticos do que muitos outros que deambulam pelos passos perdidos da Assembleia da República e se sentam nas últimas filas das respectivas bancadas dos partidos do regime que nada têm de novo a oferecer a Portugal.

Posto isto, apelo a todos os meus concidadãos abstencionistas que venham exercer o seu direito e com ele o dever de contribuir para uma higienização política de que tanto precisamos neste país.

Quanto a mim, a escolha está feita e será pela ALIANÇA e pelo Dr. Pedro Santana Lopes.

Por que razão devemos votar


A única certeza absoluta que se pode retirar da abstenção globalmente considerada é que a mesma decorre de uma omissão voluntária de participação directa na própria democracia. Sendo por excelência o acto de votar, aquele que, verdadeiramente torna iguais todos os cidadãos, pois não existe em Portugal pesos relativos de quaisquer espécie em cada voto…


No próximo Domingo é o dia das eleições legislativas.

Para alguns milhões de pessoas, será um dia como outro qualquer de Domingo. Não estando nos seus planos gastar meia hora do seu tempo para uma deslocação à assembleia de voto da respectiva área de residência e exercer o seu direito e dever cívico de votar.

Estes portugueses e eleitores que não atribuem qualquer importância ao acto de votar, acham que isso não tem qualquer interesse e que nada interfere nas suas vidas concretas…

Nada de mais errado!

As razões, no entanto, são muito diversas que levam os eleitores portugueses à decisão pela abstenção. Pelo que, é sempre um erro tremendo fazer análises simplistas sobre o assunto, como as que se fazem regularmente em cada noite eleitoral, em que se metem todos os abstencionistas no mesmo lote, ou pior ainda, dividindo a percentagem desses cidadãos que não disseram nada, como sendo “propriedade” de cada uma das forças partidárias em sufrágio caso tivessem dito alguma coisa.

Trata-se portanto de um mero exercício hipotético e intelectualmente ridículo!

Quando se diz que a abstenção prejudicou A em favor de B, tal afirmação é simplesmente uma interpretação subjectiva em absoluto e desprovida de qualquer sustentação fáctica. Até porque, quem se abstém não está minimamente interessado em que haja vencedores ou derrotados. Logo, cada acto abstencionista individual prejudica, na exacta medida, todos os partidos concorrentes. Não podendo nunca favorecer nenhum deles.

A única certeza absoluta que se pode retirar da abstenção globalmente considerada é que a mesma decorre de uma omissão voluntária de participação directa na própria democracia. Sendo por excelência o acto de votar, aquele que, verdadeiramente torna iguais todos os cidadãos, pois não existe em Portugal pesos relativos de quaisquer espécie em cada voto democrático electivo.

Assim, o meu voto é precisamente igual e vale exactamente o mesmo que o voto exercido por qualquer outro cidadão deste país. Seja de onde for, esteja onde estiver. Seja desempregado, pensionista, mecânico, bancário, jornalista, engenheiro, arquiteto, médico, advogado, banqueiro, empresário, presidente da junta freguesia, presidente da câmara municipal, deputado, juiz, ministro, Primeiro-Ministro ou Presidente da República. Todos esses votos individuais são iguais e valem o mesmo. Nem mais, nem menos do que o meu!

É essa igualdade absoluta do voto – pessoal e intransmissível – que o torna realmente muito importante.

Porém, essa marca e essa força igualitária real do cidadão eleitor, só se cumpre se o voto for exercido de facto.

Quando não o exercemos, aí sim, estamos nós próprios a dizer que não valemos o mesmo que os outros cidadãos que o fazem. Pior, estamos a deixar por mãos alheias a decisão que nos cabe também a nós poder decidir.

É evidente que muitos portugueses eleitores terão razões objectivas e até perfeitamente compreensíveis que sustentam este afastamento de cidadania ao ponto de se demitirem da própria participação democrática directa que é votar.

Como poderemos nós esperar de todo um povo, entusiasmo em participar nas escolhas políticas partidárias em disputa eleitoral, quando a democracia representativa se encontra num estado de inegável descrédito e descredibilização política generalizada?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, vontade de votar em partidos políticos que têm dirigentes sem o menor sentido de responsabilidade pela forma como actuam e gerem a coisa pública, nunca sendo responsabilizados politicamente por nada nem coisa absolutamente nenhuma, nem cabalmente afastados por quem os lidera?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a cumplicidade dada pelo seu voto – naquele acto de enorme responsabilidade que é colocar a cruzinha no partido politico que queremos para nos representar e governar -, sabendo que poderá estar a eleger gente com duvidosos valores de personalidade que transforma o Estado como se fosse uma empresa sua e familiar onde lá colocam o irmão, o primo, o tio, a mulher, o marido, a amante e os amigos dos amigos e fazem negócios em nome do Estado com as empresas (algumas criadas na hora) da restante família e amigos que ficaram na “sociedade civil”?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a confiança dada pelo voto a quem, mais cedo ou mais tarde, virá a ser acusado e, eventualmente, julgado e condenado pela justiça (se esta ainda for funcionando minimamente…) pela suspeita da prática dos mais variados crimes no exercício pleno de funções de poder?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, a autorização pelo seu voto, para que se prossiga este estado de coisas a que chegou o Estado, em que ao mesmo tempo que tudo isto acontece, vive sem serviços decentes na saúde, na educação, nos transportes que envergonham qualquer pessoa de bem neste país?

Como poderemos nós esperar de todo um povo, que acredite que o seu voto vale alguma coisa, quando quem ganha eleições é relegado democraticamente para a oposição e quem as perde faz arranjinhos com outros perdedores nas costas dos portugueses eleitores e, descaradamente governa com toda a normalidade?

Há, pois, muita gente na abstenção que não pretende de todo participar na democracia porque quer dormir descansada e com a sua consciência tranquila, pelo simples facto de não ter votado e com isso não ter colocado no poder quem eventualmente se comporte de maneira menos correcta.

Sem dúvida que são argumentos válidos e indiscutivelmente fortes. No entanto, creio que não é a forma mais correcta de actuação se ainda houver – em cada uma destas pessoas – vontade intrínseca de alguma coisa se querer fazer para ajudar Portugal a terminar com esta fase muito má para a nossa memória colectiva enquanto povo de um Estado-Nação com 900 anos de história!

Mais se torna imperativo participar, quando temos ao nosso dispor uma panóplia de opções politicas e partidárias novas que nada já têm a ver com a forma de se fazer política dos partidos do regime.

Não se trata necessariamente de termos na política só gente nova. Não é isso que eu digo. O que digo é que os velhos partidos políticos estão, eles próprios, reféns de si mesmos. São hoje muito mais do que os instrumentos da democracia que deveriam ser. Transformaram-se no Estado concreto que é o actual regime de 1976. São organizações com vida própria cuja ligação ao funcionamento das instituições democráticas do Estado de Direito é abusiva, excessiva e anormal.

Acho mesmo que seria muito bom para a democracia representativa nacional, podermos contar no parlamento – já na próxima legislatura – com o máximo possível de deputados eleitos pelos novos partidos políticos portugueses que se apresentam a estas eleições legislativas do próximo dia 6 de Outubro e que estão limpos, sem vícios nem ligações esquisitas e cuja vontade de realizar Portugal de quem neles milita e por eles dá a cara e se candidata, é claramente mais fidedigna e confiável.

Qualquer deputado que venha a ser eleito pelos novos partidos políticos, seja a ALIANÇA, INICIATIVA LIBERAL, CHEGA, NÓS CIDADÃOS ou mesmo até pelo LIVRE, para além de outros não tão recentes mas igualmente pequenos partidos políticos sem ligações à descontrolada máquina do Estado, serão, com toda a certeza, mais úteis e empenhados representantes democráticos do que muitos outros que deambulam pelos passos perdidos da Assembleia da República e se sentam nas últimas filas das respectivas bancadas dos partidos do regime que nada têm de novo a oferecer a Portugal.

Posto isto, apelo a todos os meus concidadãos abstencionistas que venham exercer o seu direito e com ele o dever de contribuir para uma higienização política de que tanto precisamos neste país.

Quanto a mim, a escolha está feita e será pela ALIANÇA e pelo Dr. Pedro Santana Lopes.