Apenas 9.274 estudantes dos 18.195 que se candidataram à segunda fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior conseguiu colocação numa das 11.615 vagas em concurso.
De acordo com os dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), divulgados esta quinta-feira, em comunicado, cerca de metade dos candidatos à segunda fase do CNA ficou de fora das universidades e politécnicos públicos.
Além das 11 mil vagas levadas a concurso, haviam ainda "2.119 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados na primeira fase que foram agora colocados na segunda fase". Ficaram por preencher 4.583 vagas – menos 14% que em 2018.
Segundo o MCTES, dos mais de 9 mil estudantes colocados, 4.789 entraram nos politécnicos e 4.485 no ensino universitário.
Até então já ingressaram no ensino superior público "46.721 novos estudantes, o que representa um aumento de 1,4% face a idêntico momento no ano anterior". O MCTES revela ainda que, dos 44.500 estudantes colocados na primeira fase, matricularam-se 39.566, o que corresponde a 88,9% dos colocados.
"A colocação de estudantes nesta segunda fase confirma as estimativas de ingresso no ensino superior público, que apontam para cerca de 77 mil novos estudantes em 2019-2020 quando consideradas todas as vias de ingresso", declara a tutela.
"A segunda fase do CNA incluiu novamente a possibilidade de um contingente especial para candidatos com deficiência, o que permitiu que o número de estudantes a ingressar por esta via (310 estudantes colocados na primeira e segunda fase do CNA) tenha aumentado 34% face ao ano anterior (231 colocados) e representando um crescimento de 158% face a 2015 (em que 120 estudantes haviam sido colocados por este contingente)", refere ainda o MCTES.
As vagas por preencher podem agora ser disponibilizadas para a terceira fase do CNA ou reverter para concursos especiais. Mas cabe a cada instituição decidir "para cada um dos seus cursos, sobre a abertura da terceira fase do concurso". A terceira fase decorre entre 3 e 7 de outubro.