Uma rede de traficantes de ovário e bebés recém-nascidos foi desmantela em Tessalonica, a norte da Grécia. As mulheres, que eram sobretudo de origem búlgara e georgiana, eram levadas para clínicas particulares para fazer o parto ou remover os ovários, que depois eram vendidos. Segundo a polícia grega, foram contabilizados 22 casos de adoção ilegal e 24 de vendas de ovários.
Mais de 500 mil euros foram faturados pela rede desmantelada. A operação, que já resultou na detenção de 12 pessoas – incluindo um médico, um advogado e dois funcionários de clínicas particulares –, está ainda a ser levada a cabo, sendo que as autoridades desconfiam que haja mais 66 pessoas ligadas à rede.
Cada adoção custava entre 25 a 28 mil euros – valor que as famílias pagavam e que era distribuído pela mãe biológica, advogado, custos de hospitalização e intermediários. Ao que as autoridades apuraram, as progenitoras recebiam entre quatro a cinco mil euros para fazerem o parto em território grego.
O processo de adoção pode demorar até cinco anos na Grécia, razão pela qual muitas famílias recorrem à adoção ilegal. Em 2011, 17 grávidas búlgaras foram transportadas por até à Grácia para terem os seus bebés. Os 12 homens, de nacionalidade búlgara e grega, foram processados judicialmente.