O que dizem as contas dos partidos


No passado mês de Junho foi difundida por toda a comunicação social a situação financeira dos partidos políticos nacionais com representação parlamentar.


Trata-se, a meu ver, de um assunto demasiado importante e muito pertinente para o cidadão eleitor conhecer, analisar e não ignorar, de modo a poder ajuizar melhor certos aspectos concretos da vida política partidária portuguesa que revelam muito dos seus respectivos protagonistas e explicam mais do que à partida poderíamos supor relativamente às causas de certos eventos de pesada factura para os contribuintes…

Mais quando estamos a duas escassas semanas daquele que, para mim, é o acto eleitoral mais importante de todos. A eleição legislativa dos 230 novos deputados que teremos na Assembleia da República como nossos legítimos representantes durante a próxima legislatura que, determinará ainda, o novo Governo de Portugal.

Processo esse que, todos sabemos, se faz pela escolha do partido político a quem daremos a nossa confiança através do acto de enorme responsabilidade que é votar.

Decorridos três meses após a divulgação pública do estado financeiro de cada partido político nacional com representação parlamentar. E tendo este tema passado um pouco ao lado da discussão pública que sempre envolve quaisquer notícias da actualidade política no nosso país. Tal alienação reflecte uma evidente falta de noção e de esclarecimento individual que deve nortear uma sociedade moderna, participativa e exigente para com os seus representantes políticos e governantes. Sendo, pois, uma atitude, embora legítima, bastante errada e profundamente irresponsável, na medida em que, o estado financeiro dos partidos políticos é consequência directa da forma como os mesmos são efectivamente geridos. E, por essa razão, ajudam o cidadão eleitor a fazer o seu próprio juízo de opinião sobre as caraterísticas de personalidade e de competência dos vários actores políticos nacionais a quem são assacáveis responsabilidades pelo desempenho das suas funções partidárias.

Um maior esclarecimento popular é, inevitavelmente, gerador de conclusões mais fidedignas por consubstanciadas em factos em vez de meras afinidades ideológicas ou clubísticas – coisa que, decorridos quase vinte anos de vivência em sociedade neste século XXI, não se justifica nem se compreende, face à evolução da qualificação académica dos portugueses de acordo com os sucessivos indicadores que tanto orgulham o regime – sobre quem está em melhores ou piores condições de gerir a coisa pública. Dando mais ou menos garantias de prosseguir políticas responsáveis e sustentáveis pelo bem-estar geral da população, numa dialética constante com a própria viabilidade do país enquanto Estado-nação.

Como diz o povo, “quem não gere bem a sua casa e o seu património, não pode gerir bem a casa e o património dos outros ”.

Ora, quando a casa e o património em questão são o Estado e o dinheiro dos contribuintes e a vida de milhões de pessoas, creio que tal ditado popular torna-se ainda mais imperativo quanto vinculativo à necessária avaliação de credibilidade que deveremos fazer aos políticos a quem iremos dar a nossa confiança.   

Posto isto, analisemos então o estado real das finanças partidárias em Portugal de acordo com os últimos dados disponíveis e tornados públicos.

1 – PSD conta com activos no valor de 29,8 milhões de euros e uma dívida de 9,76 milhões de euros que lhe confere um saldo positivo superior a 20 milhões de euros.

2 – PCP tem mais de três milhões de euros disponíveis no banco, contando com um activo de 19,62 milhões de euros e uma dívida de 2,5 milhões de euros que lhe confere um saldo positivo de 17,12 milhões de euros.

3 – BE conta com um activo de 3,13 milhões de euros e uma dívida de 170 mil euros que lhe confere um saldo positivo de 2,95 milhões de euros.

4 – PAN tem um activo de 200 mil euros e uma dívida de 25 mil euros que lhe confere um saldo positivo de 175 mil euros.

5 – CDS conta com um activo de 613 milhões de euros e uma dívida de 1,07 milhões de euros que lhe confere um saldo negativo de -456 mil euros.

6 – PS tem com um activo de 15,99 milhões de euros e uma dívida de 20,53 milhões de euros que lhe confere um saldo negativo de -4,54 milhões de euros.

Julgo não ser necessário fazer muitos comentários a estas contas partidárias para se perceber desde logo que o CDS está insolvente e o PS em absoluta falência técnica.

Apenas sublinho que o endividamento do Partido Socialista já foi bem maior em anos anteriores. Pese embora, seja actualmente superior em mais de 6 milhões de euros à dívida total dos restantes partidos com representação parlamentar. Ou seja, PSD, BE, PCP/PEV, CDS e PAN, perfazem em conjunto um total de 14,41 milhões de euros de dívida que contrastam com os extraordinários 20,53 milhões de euros de passivo do PS.

Se tivermos em mente os gastos desta campanha eleitoral em curso que colocam os socialistas de novo em grande destaque no ranking dos mais despesistas, talvez percebamos de uma vez por todas o porquê da bancarrota de Portugal em 2011!  

Como diria alguém. Pois… É fazer a conta…


O que dizem as contas dos partidos


No passado mês de Junho foi difundida por toda a comunicação social a situação financeira dos partidos políticos nacionais com representação parlamentar.


Trata-se, a meu ver, de um assunto demasiado importante e muito pertinente para o cidadão eleitor conhecer, analisar e não ignorar, de modo a poder ajuizar melhor certos aspectos concretos da vida política partidária portuguesa que revelam muito dos seus respectivos protagonistas e explicam mais do que à partida poderíamos supor relativamente às causas de certos eventos de pesada factura para os contribuintes…

Mais quando estamos a duas escassas semanas daquele que, para mim, é o acto eleitoral mais importante de todos. A eleição legislativa dos 230 novos deputados que teremos na Assembleia da República como nossos legítimos representantes durante a próxima legislatura que, determinará ainda, o novo Governo de Portugal.

Processo esse que, todos sabemos, se faz pela escolha do partido político a quem daremos a nossa confiança através do acto de enorme responsabilidade que é votar.

Decorridos três meses após a divulgação pública do estado financeiro de cada partido político nacional com representação parlamentar. E tendo este tema passado um pouco ao lado da discussão pública que sempre envolve quaisquer notícias da actualidade política no nosso país. Tal alienação reflecte uma evidente falta de noção e de esclarecimento individual que deve nortear uma sociedade moderna, participativa e exigente para com os seus representantes políticos e governantes. Sendo, pois, uma atitude, embora legítima, bastante errada e profundamente irresponsável, na medida em que, o estado financeiro dos partidos políticos é consequência directa da forma como os mesmos são efectivamente geridos. E, por essa razão, ajudam o cidadão eleitor a fazer o seu próprio juízo de opinião sobre as caraterísticas de personalidade e de competência dos vários actores políticos nacionais a quem são assacáveis responsabilidades pelo desempenho das suas funções partidárias.

Um maior esclarecimento popular é, inevitavelmente, gerador de conclusões mais fidedignas por consubstanciadas em factos em vez de meras afinidades ideológicas ou clubísticas – coisa que, decorridos quase vinte anos de vivência em sociedade neste século XXI, não se justifica nem se compreende, face à evolução da qualificação académica dos portugueses de acordo com os sucessivos indicadores que tanto orgulham o regime – sobre quem está em melhores ou piores condições de gerir a coisa pública. Dando mais ou menos garantias de prosseguir políticas responsáveis e sustentáveis pelo bem-estar geral da população, numa dialética constante com a própria viabilidade do país enquanto Estado-nação.

Como diz o povo, “quem não gere bem a sua casa e o seu património, não pode gerir bem a casa e o património dos outros ”.

Ora, quando a casa e o património em questão são o Estado e o dinheiro dos contribuintes e a vida de milhões de pessoas, creio que tal ditado popular torna-se ainda mais imperativo quanto vinculativo à necessária avaliação de credibilidade que deveremos fazer aos políticos a quem iremos dar a nossa confiança.   

Posto isto, analisemos então o estado real das finanças partidárias em Portugal de acordo com os últimos dados disponíveis e tornados públicos.

1 – PSD conta com activos no valor de 29,8 milhões de euros e uma dívida de 9,76 milhões de euros que lhe confere um saldo positivo superior a 20 milhões de euros.

2 – PCP tem mais de três milhões de euros disponíveis no banco, contando com um activo de 19,62 milhões de euros e uma dívida de 2,5 milhões de euros que lhe confere um saldo positivo de 17,12 milhões de euros.

3 – BE conta com um activo de 3,13 milhões de euros e uma dívida de 170 mil euros que lhe confere um saldo positivo de 2,95 milhões de euros.

4 – PAN tem um activo de 200 mil euros e uma dívida de 25 mil euros que lhe confere um saldo positivo de 175 mil euros.

5 – CDS conta com um activo de 613 milhões de euros e uma dívida de 1,07 milhões de euros que lhe confere um saldo negativo de -456 mil euros.

6 – PS tem com um activo de 15,99 milhões de euros e uma dívida de 20,53 milhões de euros que lhe confere um saldo negativo de -4,54 milhões de euros.

Julgo não ser necessário fazer muitos comentários a estas contas partidárias para se perceber desde logo que o CDS está insolvente e o PS em absoluta falência técnica.

Apenas sublinho que o endividamento do Partido Socialista já foi bem maior em anos anteriores. Pese embora, seja actualmente superior em mais de 6 milhões de euros à dívida total dos restantes partidos com representação parlamentar. Ou seja, PSD, BE, PCP/PEV, CDS e PAN, perfazem em conjunto um total de 14,41 milhões de euros de dívida que contrastam com os extraordinários 20,53 milhões de euros de passivo do PS.

Se tivermos em mente os gastos desta campanha eleitoral em curso que colocam os socialistas de novo em grande destaque no ranking dos mais despesistas, talvez percebamos de uma vez por todas o porquê da bancarrota de Portugal em 2011!  

Como diria alguém. Pois… É fazer a conta…