Ativistas da Greenpeace podem ser condenados a 10 anos de prisão por protesto

Ativistas da Greenpeace podem ser condenados a 10 anos de prisão por protesto


O protesto ocorreu no porto de Gdansk, no norte da Polónia. 


Vinte e oito ativistas da Greenpeace reuniram-se para impedir um descarregamento de carvão, vindo de Moçambique, no porto de Gdansk, no norte da Polónia. Agora, podem vir a ser condenadas até 10 anos de prisão.

Os ativisitas penduraram-se em duas gruas num terminal de carvão, no porto de Gdanksk, e penduraram duas faixas, onde se pode ler "Polónia sem carvão 2030", uma mensagem para o Governo adotar o plano de transição do abandono do carvão até 2030.

Recorde-se que Varsóvia recusou juntar-se à proposta da União Europeia de eliminar as emissões de gases de efeito de estufa até 2050, afirmando que este tratado iria impedir o desenvolvimento da sua economia. 

 “As 28 pessoas foram indiciadas pela procuradoria por participarem nessa operação pacífica”, disse Katarzyna Guzek, porta-voz da Greenpeace na Polónia, à agência de notícias AFP.

Já o procurador de Gdansk vê a operação pacífica com outros olhos e diz que os ativisitas foram acusados de “invasão de propriedade” e por “inutilização e impedimento da operação” de importantes equipamentos portuários e podem vir a ser condenados a uma pena de 10 anos. 

“Estas são acusações absurdas, inadequadas em relação ao que aconteceu no porto”, comentou Katarzyna Guzek. Atualmente, os ativistas encontram-se em liberdade, depois de terem pago uma caução.