Agência de notação financeira melhora perspetiva do rating de Portugal

Agência de notação financeira melhora perspetiva do rating de Portugal


“A melhoria do rating da dívida pública portuguesa beneficia as condições de financiamento do Estado, das famílias e das empresas”, pode-se ler no documento


A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) reviu hoje de “estável” para “positiva” a sua perspetiva sobre o rating do país.  "A partir de hoje Portugal passa a ter uma perspetiva positiva por parte das principais agências de notação financeira, o que traduz a confiança e a credibilidade da política seguida pelo Governo", pode-se ler no comunicado enviado pelo Ministério das Finanças às redações.

O documento destaca o facto de a S&P sublinhar a importância do "reforço da resiliência da economia portuguesa, que traduz uma melhoria da composição, da maturidade e do custo associados à dívida externa".

Esta evolução "traduz o processo de consolidação estrutural das contas públicas e a manutenção de ganhos de competitividade, que se têm refletido numa maior orientação exportadora da economia, na diminuição gradual do endividamento privado e num crescimento económico e do investimento a ritmos superiores ao da área do euro", refere o comunicado.

"A S&P destaca a mudança progressiva na composição do endividamento externo, com maior recurso a instrumentos de capital (p.e. investimento direto estrangeiro) e o menor papel dos instrumentos de dívida", o que promove o investimento no país, "beneficiando a competitividade e o crescimento económico sustentado".

No que respeita às contas públicas, a agência salienta o excedente primário de cerca de 3% alcançado em 2018, um dos maiores da Zona Euro, e que estima que se mantenha no período 2019-2022, reforçando a trajetória de redução do rácio da dívida pública.

"A melhoria do rating da dívida pública portuguesa beneficia as condições de financiamento do Estado, das famílias e das empresas. A taxa de juro das obrigações da República Portuguesa a 10 anos está hoje abaixo de 0,3% e o diferencial face às economias com melhor notação tem vindo a reduzir-se, estando hoje as taxas de Portugal em linha com as da dívida espanhola", destaca o ministério. 

As políticas adotadas "permitiram a Portugal superar desafios e iniciar o período mais longo de crescimento inclusivo e sustentável desde a sua adesão ao euro", conclui o comunicado.