Descida “robusta” da carga fiscal é prioridade número 1 do CDS

Descida “robusta” da carga fiscal é prioridade número 1 do CDS


A descida ‘robusta’ da carga fiscal e inverter a queda da natalidade em dez anos são as bandeitas do CDS. ‘Este é um programa que coloca as pessoas no centro’, diz Assunção Cristas.


Depois de um resultado abaixo das expectativas nas eleições europeias, Assunção Cristas aposta forte nas "boas ideias" do programa eleitoral para convencer os eleitores. "A prioridade número um é a baixa de impostos, tanto das empresas como dos indivíduos", diz ao SOL a presidente do CDS, reafirmando que o programa do partido "coloca as pessoas no centro".

O CDS apresentou esta semana o programa eleitoral, à porta da sede nacional do partido, em Lisboa, e Cristas apelou aos militantes que "gastem todos os minutos que têm a falar destas ideias, das ideias do CDS e porque é que faz sentido votar no CDS". Durante o encontro, que durou quase uma hora e meia, a líder do CDS lançou algumas ideias para a campanha: o país precisa de uma política que "não seja socialista" e com mais "ambição, arrojo e muita vontade de vencer". 

O CDS apresenta cinco objetivos para o próximo mandato: uma "descida robusta" da carga fiscal, "inverter a tendência de queda da natalidade e num horizonte temporal de 10 anos", revolucionar a formação profissional, criar um Estado mais forte na Justiça, na Defesa e na segurança ou combater a desertificação do interior e as alterações climáticas.

Cristas promete trabalhar e distancia-se de Ventura

Assunção Cristas deu duas entrevistas esta semana, mas não abriu o jogo sobre o que fará se o CDS voltar a ter um mau resultado. 2Trabalharei intensamente para termos um bom resultado", afirmou, em entrevista à TVI. 

Cristas chegou à liderança do CDS em 2016 com a difícil missão de substituir Paulo Portas e conseguiu um bom resultado nas autárquicas. Foi candidata à Câmara de Lisboa e ficou à frente do PSD, com 21%. As europeias não correram assim tão bem e o CDS falhou o objetivo de eleger dois eurodeputados. Conseguiu apenas 6,19% e houve distritos, como Setúbal ou Faro, em que tiveram menos votos do que o PAN. "Passámos mal uma mensagem, isso parece-me evidente", disse, esta semana, em entrevista à rádio Observador, Assunção Cristas. A presidente do CDS voltou a abrir a porta a uma coligação entre os partidos de direita desde que André Ventura fique de fora. 

O líder do Chega, em declarações ao i, reagiu com críticas a Assunção Cristas por ter escolhido o Chega como "alvo prioritário" em vez de ter "aproveitado para denunciar a insegurança que se propaga em algumas zonas do país ou a vergonhosa corrupção política".