INEM. Seguro paga  primeira indemnização  do acidente com helicóptero

INEM. Seguro paga primeira indemnização do acidente com helicóptero


Família da enfermeira Daniela Silva, uma das vítimas mortais do acidente que aconteceu em dezembro, já foi contactada.


Foi paga a primeira indemnização do acidente de helicóptero que vitimou em dezembro os quatro ocupantes, que tinham participado no transporte de um doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto. Oito meses após o sinistro, e depois de críticas dos sindicatos à demora da indemnização às famílias, o i apurou que a família da enfermeira Daniela Silva, que era uma das ocupantes do aparelho, já foi contactada para receber a indemnização. Este é o único caso que se encontra fechado até ao momento.

No início da semana, o Sindicato Independente dos Médicos, que em julho já tinha questionado o Ministério da Saúde sobre o processo de indemnização às vítimas deste acidente, recordou o ofício enviado a 30 de julho à tutela, que não teve resposta. O SIM defende que, neste caso, deveria ter sido constituída uma comissão arbitral para definir as indemnização e que pudesse poupar as famílias a litígios em tribunal, tal como aconteceu em relação às vítimas dos incêndios que assolaram o país em 2017 e, antes disso, no caso dos doentes que cegaram em 2009 depois de tratamentos no Hospital de Santa Maria. Também o Sindicato de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar lamentou ao i o arrastar deste processo.

Questionado sobre qual o ponto de situação, o INEM esclareceu que, após o acidente, acionou a apólice do seguro do INEM, solicitando ainda à empresa Babcock MCS Portugal que acionasse os seguros pelos quais é responsável, ao abrigo do contrato de locação de meios aéreos que tem com o INEM para gestão e manutenção do serviço de helicópteros de emergência médica.

As indemnizações aos familiares da enfermeira Daniela Silva e do médico Luís Vega, que era outro dos ocupantes do aparelho, estão previstas no seguro de acidentes pessoais do INEM, tendo o valor de 500 mil euros, esclareceu o instituto. No caso dos pilotos, João Lima e Luís Rosindo, os seguros são da responsabilidade da empresa, a Babcock MCS Portugal. “Embora estes dois seguros sejam responsabilidade da Babcock MCS Portugal, o INEM tem acompanhado de muito perto este assunto, tendo exigido à empresa pontos de situação mensais sobre os processos em curso e a resolução rápida das questões relativas a estas apólices, nomeadamente no que concerne ao seguro de acidentes pessoais.”

Segundo o INEM, tanto as indemnizações aos familiares de Daniela Silva como do médico Luís Vega foram fechadas nos últimos meses, com a libertação do pagamento. No entanto, o i apurou que só o processo da enfermeira foi concluído. Os restantes continuam a decorrer e deverão passar para os tribunais, por razões de ordem familiar. Está previsto o depósito judicial dos valores.

 

Ambulâncias desbloqueadas

Esta quinta-feira o INEM anunciou que já foi concluído o processo de análise de libertação de verbas para a compra de 75 ambulâncias destinadas às corporações de bombeiros, parte de um plano que prevê a aquisição de 75 viaturas por ano até 2021. Na semana passada foi conhecido o travão inicial das Finanças ao processo, que implicou o uso de saldos de gerência.

Em comunicado, o instituto informou que, com a libertação de verbas, irá dar continuidade à renovação de ambulâncias do próprio instituto. No caso das ambulâncias sediadas em Postos de Emergência Médica, a maioria em corpos de bombeiros mas também a cargo da Cruz Vermelha, a aquisição é feita pelos parceiros. Está previsto um investimento de 12 milhões de euros até 2021 para substituição das viaturas, algumas com mais de dez anos.