“Não podemos viver permanentemente em situação de serviços mínimos” avança António Costa

“Não podemos viver permanentemente em situação de serviços mínimos” avança António Costa


O primeiro-ministro considera que os portugueses encaram de forma “sábia” esta paralisação


À saída de uma reunião de 45 minutos na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANECP), o primeiro-ministro António Costa explicou que a greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias decorre "com normalidade" e que "felizmente não tem sido necessário decretar a requisição civil". Sublinhe-se que o Sindicato Nacional de Matérias Perigosas (SNMMP) afirmou que deixaria de cumprir os serviços mínimos estipulados, contudo, Costa esclareceu: "Os serviços mínimos estão a ser assegurados, está tudo dentro da normalidade".

“Até ao momento tem tudo decorrido na normalidade de uma greve. Se posso deixar um conselho às partes é: aproveitem esta ocasião para fazer as negociações" disse o secretário-geral do PS, questionado acerca dos serviços mínimos. O chefe do Executivo "deseja" que não seja necessário "fazer mais nada do que já foi feito" para não ter de recorrer à requisição civil, isto é, à exigência do cumprimento de funções por parte de todos os motoristas.

“Não podemos viver permanentemente em situação de serviços mínimos” acrescentou em alusão à indeterminação da duração da greve, esclarecendo que “até agora não foi necessário empenhar um único elemento das forças de segurança, das forças armadas para conduzir qualquer viatura visto que os trabalhadores têm vindo a cumprir a sua missão". Sublinhe-se que o Governo tinha decretado serviços mínimos entre 50% e 100% através da declaração de situação de crise energética, sendo que "medidas excecionais" devem ser tomadas para minimizar as consequências da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como hospitais e forças de segurança.

Questionado sobre a mobilização de operacionais da GNR, que escoltaram cinco camiões-cisterna à saída de Aveiras de Cima, Costa defendeu as opções governamentais e recusou haver "arrogância", adiantando que esta mobilização acontece essencialmente para "evitar situações de conflito". Acerca da postura dos portugueses, o primeiro-ministro considera que têm encarado de forma "sábia" a greve.

De acordo com o site https://janaodaparaabastecer.vost.pt/, pelas 11h20, 464 postos de combustível não dispunham de gasolina, gasóleo nem GPL.