Na medida em que os GOVERNADOS controlam os GOVERNANTES e guardam a possibilidade de alternarem no Comando diz-se que procuram uma LIBERDADE DE PARTICIPAÇÃO!.
Claro que estamos a falar de Democracia, claro que estamos a falar do “Contrato Social” de Jean-Jaques Rousseau.
Na medida em que os governantes estão impedidos de ultrapassar determinados limites da autonomia do indivíduo, diz-se que este tem uma LIBERDADE DE AUTONOMIA.
É evidente que falamos de Locke e de Montesquieu.
Em Democracia, quando um cidadão que teve responsabilidades na formação de várias gerações de Oficiais do Exército, durante 40 anos, como Docente da Academia Militar, e já com 82 de idade, escreve uma carta ao ministro da Defesa, cordata e respeitosa a relatar um incidente vergonhoso passado com ele na Messe Militar da Força Aérea, em Monsanto, aonde foi impedido de entrar por ser civil, o Ministro tem obrigação de responder, nem que seja através do Cabo de serviço. Repetimos, em Democracia. Estranhamos que António Costa tenha escolhido para uma Pasta tão sensível, e difícil, uma pessoa, que segundo parece não aprendeu nada com o seu Pai ex-político e ex-ministro, que andava de Metro e que é a simplicidade e simpatia, em pessoa, apesar de ser uma personalidade.
Lamentamos, profundamente, que o ministro da Defesa, que não sabemos sequer se cumpriu o Serviço Militar Obrigatório, (não parece), tenha reagido, publicamente, de forma tão deselegante, a uma preocupação, em forma de desabafo, do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
A ideia que ficou, no povo, que vai a votos, em Outubro, foi mais ou menos esta: se vê que não pode cumprir a sua missão, demita-se.
Foi um momento muito mal escolhido, que prejudica muito o “P.S.” e, sobre tudo, põe a descoberto, que afinal há alguns ministros do Parido Socialista, que não são, de facto democratas, e que ainda por cima são arrogantes e pensam que são “OS DONOS DISTO TUDO”, como aquele outro que está á espera de ser julgado.
Até parece que há ministros do Dr. António Costa que estão a trabalhar para que ele não tenha a maioria como se houvesse outra alternativa credível, sustentável e séria.
Esperamos, sinceramente, que o ex-ministro Eng. Cravinho possa dar uma ajuda preciosa que leve a uma solução, DIPLOMÁTICA, que possa fazer esquecer a afronta e a terrível ameaça, não a um Homem, mas a todas as Forças Armadas, que Ele chefia.
Por isso pensamos que não conhece o ambiente castrense e que está mal rodeado…
Agora tem a palavra António Costa, que pouco poderá fazer, já que a 2 meses de eleições não parece aconselhável “despedir” o ministro, que aliás deverá integrar uma lista de pessoas a substituir, a seu tempo… .
A questão da falta de recursos humanos, nas Forças Armadas, não é uma questão para psicólogos ou para psiquiatras, isso é para quando regressam da guerra, é sim uma questão para sociólogos.
É sem dúvida uma questão política, mas também é uma questão de segurança de pessoas e bens, mas é sobre tudo uma questão de salvaguarda do nosso património cultural, do nosso estilo de vida, da nossa língua e do nosso destino, como portugueses.
As ‘Jotas’ ficaram muito agradadas com o fim do Serviço Militar Obrigatório, mas perguntadas, em caso de necessidade, quem resolve o problema, olham para o lado, não têm qualquer solução.
É que chegámos a um ponto tal em que o Coronel Comandante de uma unidade militar, dentro das suas instalações militares, se quiser tomar um simples café tem que aprender, ele próprio, a tirá-lo da máquina. Todos sabem isto, e muito mais, mas nada muda e continua tudo à espera que apareça um D. Sebastião.
…É que se por acaso vários cidadãos do País vizinho se lembrarem de vir tomar café ao Rossio e se esquecerem de abandonar o País, quem é que os tira de cá ?!?.
Um dia um grande chefe político soviético perguntou aos seus Generais, qual era a população da América e a da Rússia. Foi-lhe dito que o número era semelhante, de seguida perguntou, e quantos soldados russos são precisos para fazer o mesmo que um soldado americano, dez, foi a resposta que ouviu.
A seguir caiu o muro de Berlim, evitou-se um conflito, talvez nuclear, salvaram-se muitas vidas, e esse Homem devia ter sido agraciado com o prémio Nobel da Paz.
NOTA: Portugueses, mais ou menos 10.400 milhões
Espanhóis, mais ou menos 47 milhões
Sociólogo
Escreve quinzenalmente