Frente Unitária Antifascista organiza evento e petição pública para impedir evento de extrema-direita

Frente Unitária Antifascista organiza evento e petição pública para impedir evento de extrema-direita


Ao final da tarde desta segunda-feira, a petição já tinha reunido 4.167 assinaturas. 


Um manifesto no Facebook, por parte da Frente Unitária Antifascista, apresenta uma petição pública eletrónica que protesta contra um evento organizado  organizada pelo grupo ‘Nova Ordem Social’, dirigida por Mário Machado, marcado para o dia 10 de agosto, que reúne vários grupos de extrema-direita,

Ao final da tarde desta segunda-feira, a petição já tinha reunido 4.167 assinaturas. O grupo está a promover ainda uma concentração, intitulada “mobilização nacional antifascista”, marcada para sábado à 13h00, em Lisboa para combater o evento organizado por Mário Machado, que conta com vários oradores de extrema-direita como: Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha) e  YvanBenedetti (França).

"Não podemos, nem iremos aceitar que tal evento aconteça sem uma reação da parte de quem esteja pronto a defender a nossa democracia, e a liberdade que com ela conquistamos!", refere a petição. "Não podemos, nem iremos aceitar que a segurança dos nossos filhos e filhas, dos nossos amigos, amigas, e camaradas seja comprometida com a presença destes grupos a atuarem livremente no nosso país!" pode-se ainda ler. 
 

O grupo apela a participação,  na manifestação contra o evento, de "cidadãos,.partidos, sindicatos, movimentos e organizações". Associações como o SOS Racismo e  a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta são algumas das que já aderiram ao movimento e assinaram a petição.

"É um grito de cidadania. O objetivo é fazer um alerta público face ao encontro de organizações declarada e abertamente racistas, cuja existência em si é uma afronta à Constituição da República Portuguesa", defendeu o dirigente do SOS Racismo, Mamadou Ba, em declarações à Lusa.

O dirigente do SOS Racismo, que se associou ao manifesto de protesto, sustentou que "as próprias autoridades têm de atuar" e considerou desejável "mão firme, pois algumas daquelas pessoas que vão cá vir advogam a violência racial", frisando que "o racismo é uma ideologia que mata e nenhuma ideologia que mata deve ser divulgada no espaço público".

Uma fonte policial afirma à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar "muito de perto" a "conferência nacionalista", apesar de os organizadores ainda não terem divulgado a localização do evento. Apenas no sábado de manhã é que a organização vai confirmar o local exato da mobilização.