A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, pronunciou-se este domingo sobre a polémica entre membros do Governo e negócios de familiares com o Estado.
No encerramento do acampamento de jovens do Bloco de Esquerda em Castelo de Bode, Catarina Martins começou por admitir que não está "absolutamente" sossegada com o caso. Em declarações aos jornalistas, citada pela RTP, a dirigente registou que o primeiro-ministro tenha pedido um parecer à Procuradoria-Geral da República sobre os vários casos noticiados na semana passada de negócios de familiares de membros do Governo com o Estado. Mas, depois, pediu consequências, esperando "que o governo atue de uma forma consequente com esse parecer". Catarina Martins reconheceu, ainda que existirão casos que não são um problema, mas outros sim.
No acampamento da liberdade que juntou 200 jovens do Bloco de Esquerda, Catarina Martins fez uma intervenção de encerramento a pedir " maiorias sociais" para contrabalançar com os apelos velados à maioria absoluta de alguns dirigentes do PS. Mas o tema dos incêndios também mereceu destaque sobretudo porque o fogo passou perto do acampamento no passado sábado. "Face a uma ameaça, agiram com um grupo", afirmou Catarina Martins, citada pela RTP, aludindo à noite de sábado.