Polémica. Proteção Civil pagou o dobro pelas golas inflamáveis

Polémica. Proteção Civil pagou o dobro pelas golas inflamáveis


Dono da empresa justificou que os preços foram mais altos “porque era um prazo curto e eram muitas peças”


A Proteção Civil pagou mais do dobro pelas golas antifumo inflamáveis fabricadas pela empesa Foxtrot Aventura, no âmbito do programa programas “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, avança o Jornal de Notícias.

De acordo com o mesmo jornal, cada gola custou 1,80 euros – perfazendo um total de 125.706 euros. No entanto, numa consulta de mercado, o valor por cada unidade, também de poliéster, fica entre 63 a 74 cêntimos (já com IVA).

Em declarações ao Jornal de notícias, Ricardo Peixoto Fernandes, dono da empresa, justificou que os preços foram mais altos “porque era um prazo curto e eram muitas peças”. Já a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil garantiu que foram convidas outras empresas – Edstates (de Fafe), Mosc (de Póvoa do Lanhoso), Codelpor (de Benavente) e Brain One (de Arouca) – mas nenhuma delas apresentou propostas.

Recorde-se que o Jornal de Notícias avançou esta sexta-feira que a Proteção Civil distribuiu 70 mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização.

A Proteção Civil esclareceu entretanto que os materiais distribuídos no âmbito do programa não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas sim de sensibilização de boas práticas e um "estímulo à implementação local dos programas".

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