Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, anunciou ontem que o projeto de requalificação da Praça do Martim Moniz não vai avançar. O projeto previa a construção de 30 a 50 estabelecimentos comerciais em contentores e, desde que foi apresentado, tem gerado muita contestação por parte dos moradores, autarcas e comerciantes. Foi até criado um movimento que exigia a construção de um jardim para este espaço.
Durante a reunião pública de ontem, nos Paços do Concelho, Fernando Medina avançou a “decisão de não avançar com o projeto que tinha sido apresentado e de se iniciar um processo de concurso de ideias” para a requalificação da Praça do Martim Moniz. O presidente da autarquia disse identificar-se com as posições críticas em relação ao avanço do projeto: “Acho que são uma leitura que importa valorizar sobre o estado atual da cidade de Lisboa”.
Os tapumes que inundaram a praça vão ser retirados e Fernando Medina garantiu que, para já, o espaço vai ficar como estava antes. “Acho que esta é uma boa solução para a cidade. Uma boa solução para o Martim Moniz. Não me custa rigorosamente nada mudar de ideias, até porque acho que quando as mudamos para melhor é bom que isso aconteça”, salientou.
Sobre o contrato de concessão que a autarquia de Lisboa tem com a empresa Moonbrigade, o autarca disse que não vai haver “uma rescisão unilateral do contrato” e que tem existido diálogo entre as duas partes. Ainda não é possível, especificou Fernando Medina, quantificar as compensações financeiras, mas em setembro esses dados serão tornados públicos.
A decisão do executivo socialista foi saudada pelos restantes partidos políticos – Bloco de Esquerda, PCP, CDS e PSD.