Quotas para o Parlamento? É ridículo


O PS pretende, tudo o indica, incluir no futuro uma quota para negros e ciganos, mas olhando para a bancada socialista não encontramos nenhum não branco.


O PS pretende, tudo o indica, incluir no futuro uma quota para negros e ciganos, mas olhando para a bancada socialista não encontramos nenhum não branco. Quer isto dizer que os partidos, se tal lei alguma vez for aprovada, terão de andar pelo país a descobrir africanos e ciganos que queiram entrar numa casa dita séria, mas que deixa muito a desejar em alguns casos. Penso que é consensual que se o Parlamento conseguir representar melhor toda a sociedade, todos têm a ganhar. Mas daí a querer quotas é um disparate incrível. Mas caminhamos em que direção? Não é a da meritocracia, seguramente. Eu, se fosse descendente de africanos ou ciganos, sentia-me ofendido com esta proposta, já que a mesma tem implícito que como não têm talento natural para chegarem ao Parlamento, é preciso criar quotas. Mas fazem bem os partidos em acordar para a vida e não escolherem sempre a mesma família ou os mesmos amigos. Procurem pessoas, independentemente da sua raça ou crença, que possam contribuir para a melhoria da vida do povo. Povo esse que não é só constituído por brancos, negros ou ciganos. Nos últimos anos, Portugal tem recebido gente de outras latitudes que está a integrar-se bem na sociedade portuguesa. É, pois, natural que à semelhança do que se passa em Inglaterra, onde o mayor de Londres é muçulmano, num futuro a médio prazo, o Parlamento possa ter contributos de outras gentes. Mas se vamos falar de raças e etnias, porque não falamos de doenças? Um esquizofrénico sente-se representado na AR? Não vou ser exaustivo nas doenças, mas parece-me a ideia das quotas um verdadeiro disparate, como disse. Procurem ir às universidades encontrar os melhores talentos dessas etnias e tentem cativá-los para a política para fazerem o seu percurso natural, até chegarem à AR. Tão simples como isso. P. S. Esta história de a SOS Racismo querer que Maria de Fátima Bonifácio pague por pensar o que pensa é extraordinária. Amanhã falarei do assunto.