Três milhões de euros em notas, escondidos nas malas de viagem de sete passageiros, preparavam-se para sair do espaço europeu através do aeroporto de Lisboa. A Polícia Judiciária conseguiu travar o grupo de ‘money mules’ – correios humanos – quando tentavam descolar. A operação aconteceu após diversas diligências levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção.
“Os passageiros, três mulheres e quatro homens, preparavam-se para abandonar o continente Europeu por via aérea, quando foram detetados e detidos e as quantias que transportavam apreendidas”, começou por esclarecer ontem a Polícia Judiciária num comunicado enviado às redações. Segundo a investigação, “este modus operandi consiste na utilização das vulgarmente designadas ‘money mules’ para efetuar o transporte do numerário de um continente para outro, sendo característico de uma das fases do branqueamento de capitais, conhecida como circulação”.
A mesma fonte acrescenta que “nesta fase do branqueamento, os proventos obtidos são alvo de múltiplas e variadas operações, visando distanciar a sua origem criminosa e impossibilitar a deteção, rastreio, sua proveniência e propriedade”.
Mas em causa estarão outros crimes de natureza económica, como é o caso da fuga aos impostos: “A principal e fundada suspeita quanto à proveniência destas quantias, agora apreendidas, é que as mesmas provêm e têm subjacentes o crime de fraude fiscal”. Depois de diversos meses de investigação, os elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ encontraram o dinheiro escondido nos forros das malas.
“As apreensões e detenções resultaram de sucessivas operações e ações de prevenção criminal desenvolvidas pela Polícia Judiciária, desde finais do ano transato até ao presente”, conclui a mesma fonte.